Em
muitas pessoas a vaidade briga o tempo todo com as marcas do tempo no rosto. As
rugas inevitáveis aparecem sem pedir nenhuma licença e entram na vida das pessoas
causando, algumas vezes, distúrbios mentais por não admitirem que não são mais
aquela(e) gatinha(o) de outrora. Coisa normal do tempo, da natureza, da vida.
Cada um tem a sua hora e seu momento certo. A própria natureza nos dá isso como
lição, queiramos ou não, gostemos ou não. Somos ainda frutos imaturos e vamos
gradativamente amadurecendo até atingirmos o cume da linha gráfica da vida
pessoal, e a partir daí começamos a apodrecer. Essa é a realidade dura de
todos.
A
valorização da matéria é muito comum nas pessoas, principalmente mais jovens. A
vaidade põe uma barreira em nossa vida e leva-nos a enxergar somente o que se
quer ver através do espelho. Somos arrastados e obrigados a esquecer de nossa
própria essência; sim, nossa verdadeira essência, essa essência invisível aos
olhos, à pele, à carne, à matéria.
O
espelho reflete a matéria e nem tudo que vemos é real. A matéria é estragável e
nossa mente prefere congelar a imagem jovial por várias razões não plausíveis. O
que é bonito em nós mesmos?
Essa
e outras interrogações vão, muitas vezes, ralo abaixo quando nos observamos no
espelho. O querer estar perfeitamente linda(o) para o(a) outro(a) por vezes
beira ao ridículo, mas alimenta o ego ao menor elogio.
Outras
pessoas não aceitam a reação do tempo e declaram guerra contra si mesmas, seu
corpo, seus hábitos vividos e amados durante anos. Mas, nessa altura do
campeonato o tempo parece que se faz de surdo e continua sua missão natural
encorajada pelos hábitos do ser ocupante do corpo material.
Existe
uma forte corrente de pensadores - a respeito do assunto de conservação de
beleza física -que propala que o apego à matéria é próprio de espíritos
imaturos e que aceitar as mudanças normais da vida é sinônimo de evolução, de
amadurecimento, que nem todos gostam, ao menos desse tipo de evolução e
amadurecimento, com certeza!
Existem
vários exemplos de mulheres que não aceitam as dobras do tempo e passam a usar
todo tipo de despacho, de ebó, de oferenda, de mandinga, de porção da
juventude, de remédios, de hormônios indicados por amigas, sem acompanhamento
médico e muitas vezes vão a óbito.
Vê-se
nas TV’s vários artistas que nos dão a falsa impressão visão de que o tempo deu
uma trégua para eles. Mas na realidade, são truques, artifícios de lentes, de câmeras,
de filmagens, de maquiagem, de iluminação, de ângulos de visão, de máscaras
para massagear o ego deles e de quem os vê e assiste. Vivem numa ilusão eterna,
e, certamente, entrarão em choque, em depressão, e passarão a carregar muita
dor e sofrimento ao perceberem que os truques para enganar o tempo foram em vão.
Afinal,
o tempo não para e todos nós envelhecemos. Portando, ser cuidadosa com o
próprio corpo e espírito são atitudes cotidianas necessárias que retardam os
efeitos do tempo, e que não tem mal algum em se ser vaidosa (muito ao contrário,
só traz benefícios!), mas que o apego exagerado aos bens materiais é um mal
terrível, pois os bens não podem ser levados para a outra vida com a morte,
pois é inegável o fato de que caixão não
tem gavetas, além de que na hora do enterro pode surgir algum engraçadinho, catar todos os bens, joias,
dinheiro, riquezas, e no lugar dessas coisas deixar um cheque em branco para
caso do defunto desejar sacar e fazer uso do valor na outra vida!
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