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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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sábado, janeiro 11, 2014

GENTE-FAVELA

Encontrei por acaso essa crônica de Maria Paula publicada há pouco mais de um mês na Revista que circula aos domingos, como encarte do jornal Correio Braziliense, e também por estarmos no inicio de um ano novo achei oportuno o seu compartilhamento.



Mas, sob o título de “Honrando quem se ama” a cronista inicia dizendo que “ao escrever esse título, pensei várias vezes se “honrando” não era um termo velho demais. Cheguei à conclusão de que é. Mas resolvi não mudá-lo, preferi tentar entender por que “honrar” soa tão fora de moda.

Parece-me que o termo vai caindo mais e mais em desuso à medida que o sentido se perde na deselegância dos tempos presentes. Mal se vê o outro, dedicar-lhe honrarias então? Expressar respeito e reverência a alguém, fazer suas escolhas levando em conta os sentimentos dessa pessoa, esse tipo de dedicação está desaparecendo. Infelizmente, são bastante comuns situações em que maridos dizem grosserias às esposas, filhos gritam com os pais, irmãos perdem a linha uns com os outros. Diria até que é um padrão comum, esse de tratar mal justamente aquele a quem mais se ama.

Um verdadeiro contrassenso, que precisa ser firmemente combatido nos detalhes mais inocentes do nosso dia a dia."

E continua, Maria Paula: “Vou dar um exemplo de uma situação boba, que acabou por me inspirar bastante.

Estávamos à mesa, eu e meus dois filhos, quando o pequeno deu um arroto e, com os olhinhos bem abertos, pediu desculpas. A mais velha, rindo, comentou que não precisava se desculpar pois estávamos só nós... Todos em casa!




Nesse momento, eu disse a eles que as desculpas eram importantes, sim! Que é para quem a gente mais ama que devemos oferecer nossos melhores modos.

E, a partir de então, estou ainda mais atenta para aproveitar cada chance de domar meu mau humor, minha impaciência, meus maus modos, a arbitrariedade de minhas manias, minhas irritações, meus bichos, enfim.

Meu desejo autêntico de dar o meu melhor a quem mais amo me tirou da zona de conforto e me fez crescer, reavaliar cada atitude, cada crença.

Relacionar-se bem é coisa complexa, mas cada pequeno passo pode nos aproximar de quem amamos, em vez de nos afastar.

Tem o ditado que diz que não adianta ser bom, tem que parecer bom. Eu diria que, além de amar, temos que aprender a demonstrar amor.

Até porque não há nada mais delicioso que sentir que merecemos a honra do amor e respeito de alguém.”


Afinal,  gente-favela é aquela que traz em si todo tipo de “barraco”, e confusão (ao menos visual) lembra pobreza e dificuldade de visão – no mínimo de espírito – e pobreza não é algo bom e desejável, muito embora quem more em favela e barraco não seja necessariamente barraqueira e desrespeitosa.


PS. ("post scriptum", depois do escrito): A Maria Paula que mencionei e que escreveu a crônica que citei, além de ser jornalista, é mãe, e trabalha no programa humorístico Caceta e Planeta, é a dona Caceta.