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Série: BRINQUEDOS
INTRODUÇÃO
BRINQUEDOS: porque desde a infância somos nossos
próprios brinquedos, realizações, sonhos, projetos, inventos, alegrias e
decepções. (Ton MarMel).
Conjunto composto de mais de 600 obras executadas em técnicas diversas, distribuídas em 4 Volumes, acompanhado de TEXTO-TESE indicativo e vídeos, executados entre 2008 e 2010.
Conjunto composto de mais de 600 obras executadas em técnicas diversas, distribuídas em 4 Volumes, acompanhado de TEXTO-TESE indicativo e vídeos, executados entre 2008 e 2010.
(Nós, Brinquedos: Poeira
em alto mar. Volume 1. Ton MarMel)
Ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. Agora, a argila de que és feito já secou e endureceu e nada mais poderá despertar em ti o místico adormecido ou o poeta ou o astrônomo que talvez te habitassem. (Exupéry.)
(Nós, Brinquedos: As Tranças do Careca. Volume 2. Ton MarMel)
Os brinquedos são meios intermediários entre a realidade da vida que a criança não pode abraçar se a sua natural fragilidade. (Seguín)
(Nós, Brinquedos: A volta dos que não foram. Volume 3. Ton MarMel)
Os professores podem guiá-las proporcionando-lhes os materiais apropriados, mas o essencial é que, para que uma criança entenda, deve construir ela mesma, deve reinventar. Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si mesma, permanecerá com ela. (Jean Piaget).
(Nós, Brinquedos: O Segredo Conhecido. Volume 4. Ton MarMel)
A criança goza e sofre de maneira tanto mais aguda quando está inteira na impressão presente, sem nenhuma inquietude a aumentar-lhe a alegria e nenhuma esperança a limitar-lhe a dor; os pesares da criança são incomensuráveis. (Hubert).
APRESENTAÇÃO
“A cada dia que passa, as crianças vão mais cedo à escola.
As escolas, por sua vez, vangloriam-se do aceleramento de seus programas e da
objetividade de seus currículos. Encurta-se a infância, a tão preciosa, a
sagrada infância do ser humano, o período em que a semente brotada começa a
desabrochar, vivendo um processo que a transformará em adulto.
A fragilidade desta pequena plantinha deixa-a totalmente
a mercê dos que a cercam.
O homem, ao contrário dos animais, é totalmente
dependente nos seus primeiros anos de vida. E esta dependência não se refere
somente ao seu corpo, uma vez que também sua inteligência e sua sensibilidade
estão sendo desenvolvidas. O poeta, o artista, o pai, a mãe, o criminoso, o
amigo, o idealista ou o traidor estão latentes na criança pequena. Depende de
nós a nutrição e o cultivo destes diferentes aspectos da personalidade humana.
A preocupação com a saúde da criança tem que abranger também a sua saúde
emocional, caso contrário nunca chegaremos a ter adultos equilibrados, capazes
de construir uma sociedade mais harmoniosa. Não basta nutrir o corpo, é preciso
nutrir a alma. Não basta zelar pela qualidade dos alimentos, é preciso zelar
pela qualidade das oportunidades que estão sendo oferecidas à criança para
desenvolver suas potencialidades.
Quanto mais cedo colocarmos a criança em situações
rigidamente estruturadas e conduzidas, menos possibilidade terá ela de chegar a
encontrar seu jeito de ser, sua vocação, sua afetividade.
Sua espontaneidade é comprometida pela necessidade de cumprir tarefas
predeterminadas e de ter um desempenho que lhe assegure uma boa colocação
dentro da escala de valores situados entre o êxito e o fracasso.
A ludicidade, tão importante para a
saúde mental do ser humano, precisa ser mais considerada; o espaço lúdico da
criança está merecendo maior atenção, pois é o espaço para a expressão mais
genuína do ser, é o espaço do exercício da relação afetiva com o mundo, com as
pessoas e com os objetos.”
(Nylse Helena da Silva
Cunha)