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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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quinta-feira, abril 30, 2015

SUAVE É SENTIR E DOCE É PENSAR

Embora hajam controvérsias,



dizem que o amor está intimamente ligado ao coração porque ele é o motor que faz o líquido vital e sanguíneo circular e oxigenar todo o corpo, e é com ele que se associa a ideia de que se encontra guardado o sentimento e imagens das pessoas e coisas que mais amamos.







ARTISTA E ARTESÃO

“Nos processos de movimentar o material, a arte se confunde quase inteiramente com o artesanato. Pelo menos naquilo que se aprende. Afirmemos, sem discutir por enquanto, que todo o artista tem de ser ao mesmo tempo artesão. Isso me parece incontestável e, na realidade, se perscrutamos a existência de qualquer grande pintor, escultor, desenhista ou músico, encontramos sempre, por detrás do artista, o artesão. O artesanato, os segredos, os caprichos, as exigências do material, isto é assunto ensinável, e de ensinamento por muitas partes dogmático, a que fugir será sempre prejudicial para a obra de arte. (...) Artista que não seja ao mesmo tempo artesão, quero dizer, artista que não conheça perfeitamente os processos, as exigências, os segredos do material que vai mover, não que não possa ser artista (psicologicamente pode), mas não pode fazer obras de arte dignas deste nome. Artista que não seja bom artesão, não que não possa ser artista: simplesmente, ele não é artista bom. E desde que vá se tornando verdadeiramente artista, é porque concomitantemente está se tornando artesão.” (Mário de Andrade).



FERRAMENTAS. Trabalho pertencente a série Nós E Os Direitos Humanos, do artista Ton MarMel



Nos termos do Artigo 23 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para a proteção de seus interesses.


PS. O Dia  do Artesão é comemorado no dia 19 de março, enquanto o Dia do Artista é comemorado no dia 24 de agosto. 

(O Artista e o Artesão, texto contido no livro “O Baile das quatro Artes”, de Mário de Andrade).





sexta-feira, abril 17, 2015

REvista para colorir: ESSE FILME EU JÁ VI

NOVA MODA: LIVROS PRA COLORIR - Há quanto tempo você não desenha ou pinta? Colorir livros deixou de ser uma prática exclusiva das crianças. Agora, há livros e revistas para serem pintados por adultos e prometem reduzir a ansiedade e aliviar o estresse do dia a dia. Desde o ano passado, a brincadeira ganhou versões pensadas exclusivamente para os "crescidinhos". Recupere os lápis de cor e a calma e se jogue nesta nova brincadeira de gente grande.

 

Revista para colorir Esse Filme Já Vi. Agora pelo precinho de um pão com mortadela.


Novidade no Brasil, os livros de arteterapia baseados em desenhos para colorir têm provocado uma corrida às livrarias. Os títulos disponíveis chamam atenção pela quantidade e pela diversidade de estilos. Há  publicações dedicadas a  jardins, animais,  mandalas, pessoas e até figuras eróticas, exóticas e patéticas do cenário brasileiro.

 

Então, sem perder o rumo nessa onda eis o meu lançamento! Trata-se da revista ESSE FILME JÁ VI, que não tem floreado nem fru-frus e te ajuda a navegar desestressadamente sobre o mar de lamas!





quinta-feira, abril 09, 2015

ARTE ORIGINAL. ARTE AUTÊNTICA. ARTE DERIVADA.


Geralmente quando um assunto desperta o interesse de muitas pessoas, podem crer, dentre as possibilidades, há principalmente dinheiro envolvido, há interesse financeiro no meio. E nessa temática não se foge desse interesse uma vez que a certificação de autenticidade e originalidade de obras, pinturas, esculturas, projetos, músicas, livros, fórmulas, inventos, frutos da criação intelectual MOVIMENTAM VALORES BILIONÁRIOS no mundo todo e são inclusive transferíveis até por herança. Basta ver a grande quantidade de disputas judiciais que correm nos tribunais quando falece um músico famoso, um arquiteto, um escritor, um cientista, um artista de certa projeção. E não basta que uma pessoa haja falecido para que disputas judiciais por autorias de projetos, criações, obras, marcas, fórmulas, textos, inventos, patentes sejam alvo de processos judiciais pois desde que o mundo é mundo sempre existiram os espertalhões que buscam projeção, dinheiro fácil às custas do suor alheio. Então, o desejo de combater essa fraude específica - que todos nós corremos o risco de sermos vítimas - foi o que motivou a refletir sobre esse assunto, e, se possível, propor, ao final, alguma alternativa prática, algum método que auxilie na luta contra essas fraudes.


(Diagrama explicativo sobre o que é arte original, arte autêntica e arte derivada idealizado Ton MarMel) 


A abordagem do tema é feita pelo aspecto da autoria material, para efeitos de revindicação (petição jurídica processual) de direitos morais, direitos patrimoniais e direitos conexos, e não adentra questões estéticas relativas a nenhum tipo de obra ou expressão específica, pois a estética (BELEZA) é valor (valoração) de caráter subjetivo, temporal, muda conforme a cultura, o tempo, o lugar, a pessoa, o momento emocional de cada indivíduo, e, portanto, É CONTROVERSO, tal como prova a dificuldade de se definir o que é uma obra de arte em si, pois o que é arte para uns, pode não se apresentar esteticamente como arte para outros indivíduos; razão pela qual a abordagem se circunscreveu ao âmbito material e de conteúdo das obras em toda a sua extensão e meios de expressão visando atender principalmente ao pensamento do universo jurídico, científico, amplo, geral e irrestrito, que é aplicável a todos os países e povos.

Exemplo disso, especialmente para quem trabalha com pintura acadêmica (paisagens, flores, etc.: tem-se que uma CÓPIA, por ser em si uma cópia, uma reprodução de um trabalho/imagem anterior já criado, às vezes criado até pela natureza, não é algo ORIGINAL (NÃO É FRUTO DA INTELIGÊNCIA, DA IMAGINAÇÃO, DA CRIAÇÃO, DA TRANSFORMAÇÃO HUMANA), embora se possa até determinar que essa cópia seja AUTÊNTICA na medida em que se possa determinar quem seja o pai/criador da referida cópia, tal como acontecem nas pinturas de Van Gogh, de Tarsila do Amaral, Michelangelo, etc..



Trabalho ORIGINAL é de quem fez, criou, gravou, pintou, escreveu PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA HUMANA um determinado trabalho utilizando materiais específicos, materiais NOVOS, MATERAIS NÃO UTILIZADOS AINDA PARA AQUELE TIPO DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA, e retratou aquela expressão, aquele olhar, aquele tipo de emoção plástica, usando os materiais até inéditos para compor sua criação. E partindo dessa ótica, são os primeiros pintores de afrescos, são os pintores das imagens ruprestes das cavernas, os primeiros pintores que utilizaram tinta acrílica, os primeiros escultores que utilizaram o ferro, o aço, etc.; TODOS do ponto de vista do MATERIAL INÉDITO na obra, ou do ponto de vista do CONTEÚDO INÉDITO da obra.



Os demais pintores, escultores, etc. que seguiram trabalhando com as mesmas técnicas e materiais de artistas antecessores não são mais ORIGINAIS em termos de materiais, embora seus trabalhos possam ser ainda ORIGINAIS quanto ao CONTEÚDO AUTÊNTICO, quanto à pincelas, texturas, características pessoais marcantes que deixaram em suas obras, na medida em que não se nega a autoria de seus trabalhos, na medida em que se pode afirmar que esses artistas foram os autores dessas ou daquelas obras. Por exemplo: A Mona Lisa de Da Vinci NÃO é original em termos MATERIAIS, mas é autêntica em termos de conteúdo; além disso, também é uma obra autêntica, pois todo mundo sabe que é uma pintura de Leonardo. E ao mesmo tempo em que esse trabalho é autêntico, é também uma obra DERIVADA, pois embora o Leonardo não sendo o criador da técnica de pintura utilizada na Mona Lisa, utilizou uma técnica peculiar, derivada de técnicas já existentes, e até inovou com aulização de outros materiais.



Daí, finalizando sobre o gráfico tem-se que TUDO que é ORIGINAL também é AUTÊNTICO, mas nem tudo que é AUTÊNTICO é ORIGINAL, pois tudo que é ORIGINAL está contido na autenticidade, ou seja, tudo que é original pode ser atribuído a um determinado artista/criador; já a AUTENTICIDADE de uma obra está na capacidade de se poder atribuir/afirmar/aferir/certificar (pelos mais variados meios técnicos e modos) que um determinado trabalho pertence a esse ou aquele autor, mesmo sem que o trabalho esteja assinado e registrado. ESSES detalhes parecem complicados, mas não são complicados, e são importantíssimos quando se lida COM DINHEIRO, COM AVALIAÇÃO DE OBRAS, contrato de compra e venda de obras, COM HERANÇA, COM EXIBIÇÃO DE IMAGENS, SONS, etc., no universo das artes.



P.S.: Este artigo é continuidade de reflexão abordada em tese monográfica que se encontra publicado sob o título Autenticidade no Direito Autoral, e que pode ser encontrado no endereço 
http://antoniomartinsmelo-advogado.blogspot.com.br/2011/05/direito-autoral-autenticidade-de-obras.html     




quinta-feira, abril 02, 2015

PAIXÃO DA VIA SACRA: O XIS DA OPÇÃO (Ton MarMel)

Paixão da Via Sacra: O "xis" da opção é vídeo reúne trabalhos esporádicos que fogem a linha técnica e temática habitual executados no ano de 1990 em técnicas diversas, e, "apesar de nunca haver sido cristão assíduo, desde a infância construí essas imagens que a ampulheta acurou".



A Paixão da Via Sacra (Caminho do Calvário ou do Monte Gólgota em hebreu, ou "o "xis" da opção" como preferi) foi difundido oficialmente pelo Papa Pio XI a partir de 20 de outubro de 1931, com "concessão" de indulgências aos meditantes.

Trilha sonora: Trecho de O Profano, da Peça Carmina Burana. Uma peça musical bastante conhecida hoje, a "Carmina Burana" (do latim carmen,ìnis 'canto, cantiga; e bura(m), em latim vulgar 'pano grosseiro de lã', geralmente escura; por metonímia, designa o hábito de frade ou freira feito com esse tecido) é produto do trabalho dos goliardos e por essa razão é muitas vezes designada como "a ópera profana". Trata-se de uma peça muito vibrante e imponente composta pelo alemão Carl Orff que musicou os versos de um manuscrito dos goliardos com o mesmo nome.

"Carmina Burana" é uma peça muito conhecida. Quem viu os filmes de "Conan o Bárbaro" deve se lembrar dela. Eis a história:

A origem histórica dos goliardos situa-se em torno do século XII, quando o renascimento econômico comercial rompe o imobilismo dos séculos precedentes e aumenta a mobilidade social.

A própria dificuldade de enquadrar os goliardos dentro de um esquema social preciso, como acontecia na Alta Idade Média, quando os papéis sociais eram bem definidos, gera suspeita e escândalo entre os conservadores da época.

Os goliardos, afinal, são jovens intelectuais de espírito livre que, por sua condição econômica e social, são impedidos de se tornar professores das universidades medievais ou mesmo de prosseguir seus estudos, tornando-se intelectuais marginalizados, rebeldes, vivendo de expedientes, eventualmente a serviço dos ricos, seguindo o mestre preferido ou permanecendo onde ensinam professores famosos.

Anárquicos, são opositores de todos aqueles que se reconhecem nas castas sociais medievais, não só aqueles associados ao poder eclesiástico ou político mas também aqueles que estão presos à mediocridade e à ignorância, como os camponeses. Por sua feroz crítica antipapal, são freqüentemente associados ao partido gibelino mas na realidade os goliardos vão além: vêm no Papa não apenas o hipócrita tutor da tradição moral mas também o expoente de uma hierarquia organizada sob a nova força do dinheiro:

L'ordine del clero ai laici è in mala fama:

la sposa di Gesù divien venale

donna pubblica or è, lei che era dama.

Mas também no clero, os goliardos fazem distinção entre os párocos, que são poupados da sua crítica corrosiva por serem considerados vítimas da hierarquia e da avidez dos frades, que, com sua hipócrita profissão de humildade e pobreza, na realidade concorrem com os padres e se apoderam dos fiéis e dos donativos, vivendo uma vida de gozo nos conventos

Os goliardos sofreram perseguições e condenações, e acabaram por desaparecer da cultura dos séculos seguintes, à qual, todavia, deixaram como herança as suas idéias que reviveriam nos intelectuais do Humanismo, durante o Renascimento

(MarMel)