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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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quarta-feira, novembro 21, 2018

MOVIMENTO HUMANO, SENSUAL, SEXY

Sem essa de Movimento Negro! Dia da Consciëncia Branca! Dos direitos Amarelos! Dos coloridos LGBTHxyz!

O MOVIMENTO É HUMANO! O MOVIMENTO É SENSUAL! O MOVIMENTO  É SEXY!

Sensual - O movimiento é sensual (sensual)
O movimiento é bem sexy (sexy)

E agora vamos começar
Devagarinho até em baixo, em baixo, em baixo
Devagarinho até em cima, em cima, em cima

Para dançar isso aqui é (Bomba)
Para balançar isso aqui é (Bomba)

E a mulherada se joga (Bomba)
E os marmanjos dançando é (Bomba)
Toda a galera já dança (Bomba)
Por isso pega na cintura


E acaba, e acaba, acaba, acaba, acaba logo!

Sem essa de marxismo cultural, raça, cor, etnia, religião, gênero, preconceito, discriminação, intolerância (Ton MartMel MarMel. 2018. #contramarxismocultural #contraculturamarxista #escolasempartido )

Sem essa de marxismo cultural, raça, cor, etnia, religião, gênero, preconceito, discriminação, intolerância (Ton MartMel MarMel. 2018. #contramarxismocultural #contraculturamarxista #escolasempartido )










sábado, novembro 03, 2018

I - JUCA PIRAMA (Gonçalves Dias)

I-Juca Pirama

No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos - cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.
São rudos, severos, sedentos de glória,
Já prélios incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror!
As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,
As armas quebrando, lançando-as ao rio,
O incenso aspiraram dos seus maracás:
Medrosos das guerras que os fortes acendem,
Custosos tributos ignavos lá rendem,
Aos duros guerreiros sujeitos na paz.
No centro da taba se estende um terreiro,
Onde ora se aduna o concílio guerreiro
Da tribo senhora, das tribos servis:
Os velhos sentados praticam d’outrora,
E os moços inquietos, que a festa enamora,
Derramam-se em torno dum índio infeliz.
Quem é? - ninguém sabe: seu nome é ignoto,
Sua tribo não diz: - de um povo remoto
Descende por certo - dum povo gentil;
Assim lá na Grécia ao escravo insulano
Tornavam distinto do vil muçulmano
As linhas corretas do nobre perfil.
Por casos de guerra caiu prisioneiro
Nas mãos dos Timbiras: - no extenso terreiro
Assola-se o teto, que o teve em prisão;
Convidam-se as tribos dos seus arredores,
Cuidosos se incubem do vaso das cores,
Dos vários aprestos da honrosa função.
Acerva-se a lenha da vasta fogueira
Entesa-se a corda da embira ligeira,
Adorna-se a maça com penas gentis:
A custo, entre as vagas do povo da aldeia
Caminha o Timbira, que a turba rodeia,
Garboso nas plumas de vário matiz.
Em tanto as mulheres com leda trigança,
Afeitas ao rito da bárbara usança,
índio já querem cativo acabar:
A coma lhe cortam, os membros lhe tingem,
Brilhante enduape no corpo lhe cingem,
Sombreia-lhe a fronte gentil canitar,

II

Em fundos vasos d’alvacenta argila
Ferve o cauim;
Enchem-se as copas, o prazer começa,
Reina o festim.
O prisioneiro, cuja morte anseiam,
Sentado está,
O prisioneiro, que outro sol no ocaso
Jamais verá!
A dura corda, que lhe enlaça o colo,
Mostra-lhe o fim
Da vida escura, que será mais breve
Do que o festim!
Contudo os olhos d’ignóbil pranto
Secos estão;
Mudos os lábios não descerram queixas
Do coração.
Mas um martírio , que encobrir não pode,
Em rugas faz
A mentirosa placidez do rosto
Na fronte audaz!
Que tens, guerreiro? Que temor te assalta
No passo horrendo?
Honra das tabas que nascer te viram,
Folga morrendo.
Folga morrendo; porque além dos Andes
Revive o forte,
Que soube ufano contrastar os medos
Da fria morte.
Rasteira grama, exposta ao sol, à chuva,
Lá murcha e pende:
Somente ao tronco, que devassa os ares,
O raio ofende!
Que foi? Tupã mandou que ele caísse,
Como viveu;
E o caçador que o avistou prostrado
Esmoreceu!
Que temes, ó guerreiro? Além dos Andes
Revive o forte,
Que soube ufano contrastar os medos
Da fria morte.

III

Em larga roda de novéis guerreiros
Ledo caminha o festival Timbira,
A quem do sacrifício cabe as honras,
Na fronte o canitar sacode em ondas,
O enduape na cinta se embalança,
Na destra mão sopesa a iverapeme,
Orgulhoso e pujante. - Ao menor passo
Colar d’alvo marfim, insígnia d’honra,
Que lhe orna o colo e o peito, ruge e freme,
Como que por feitiço não sabido
Encantadas ali as almas grandes
Dos vencidos Tapuias, inda chorem
Serem glória e brasão d’imigos feros.
"Eis-me aqui", diz ao índio prisioneiro;
"Pois que fraco, e sem tribo, e sem família,
"As nossas matas devassaste ousado,
"Morrerás morte vil da mão de um forte."
Vem a terreiro o mísero contrário;
Do colo à cinta a muçurana desce:
"Dize-nos quem és, teus feitos canta,
"Ou se mais te apraz, defende-te." Começa
O índio, que ao redor derrama os olhos,
Com triste voz que os ânimos comove.

IV

Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
Já vi cruas brigas,
De tribos imigas,
E as duras fadigas
Da guerra provei;
Nas ondas mendaces
Senti pelas faces
Os silvos fugaces
Dos ventos que amei.
Andei longes terras
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras
Dos vis Aimoréis;
Vi lutas de bravos,
Vi fortes - escravos!
De estranhos ignavos
Calcados aos pés.
E os campos talados,
E os arcos quebrados,
E os piagas coitados
Já sem maracás;
E os meigos cantores,
Servindo a senhores,
Que vinham traidores,
Com mostras de paz.
Aos golpes do imigo,
Meu último amigo,
Sem lar, sem abrigo
Caiu junto a mi!
Com plácido rosto,
Sereno e composto,
O acerbo desgosto
Comigo sofri.
Meu pai a meu lado
Já cego e quebrado,
De penas ralado,
Firmava-se em mi:
Nós ambos, mesquinhos,
Por ínvios caminhos,
Cobertos d’espinhos
Chegamos aqui!
O velho no entanto
Sofrendo já tanto
De fome e quebranto,
Só qu’ria morrer!
Não mais me contenho,
Nas matas me embrenho,
Das frechas que tenho
Me quero valer.
Então, forasteiro,
Caí prisioneiro
De um troço guerreiro
Com que me encontrei:
O cru dessossêgo
Do pai fraco e cego,
Enquanto não chego
Qual seja, - dizei!
Eu era o seu guia
Na noite sombria,
A só alegria
Que Deus lhe deixou:
Em mim se apoiava,
Em mim se firmava,
Em mim descansava,
Que filho lhe sou.
Ao velho coitado
De penas ralado,
Já cego e quebrado,
Que resta? - Morrer.
Enquanto descreve
O giro tão breve
Da vida que teve,
Deixai-me viver!
Não vil, não ignavo,
Mas forte, mas bravo,
Serei vosso escravo:
Aqui virei ter.
Guerreiros, não coro
Do pranto que choro:
Se a vida deploro,
Também sei morrer.

V

Soltai-o! - diz o chefe. Pasma a turba;
Os guerreiros murmuram: mal ouviram,
Nem pode nunca um chefe dar tal ordem!
Brada segunda vez com voz mais alta,
Afrouxam-se as prisões, a embira cede,
A custo, sim; mas cede: o estranho é salvo.
Timbira, diz o índio enternecido,
Solto apenas dos nós que o seguravam:
És um guerreiro ilustre, um grande chefe,
Tu que assim do meu mal te comoveste,
Nem sofres que, transposta a natureza,
Com olhos onde a luz já não cintila,
Chore a morte do filho o pai cansado,
Que somente por seu na voz conhece.
- És livre; parte.
- E voltarei.
- Debalde.
- Sim, voltarei, morto meu pai.
- Não voltes!
É bem feliz, se existe, em que não veja,
Que filho tem, qual chora: és livre; parte!
- Acaso tu supões que me acobardo,
Que receio morrer!
- És livre; parte!
- Ora não partirei; quero provar-te
Que um filho dos Tupis vive com honra,
E com honra maior, se acaso o vencem,
Da morte o passo glorioso afronta.
- Mentiste, que um Tupi não chora nunca,
E tu choraste!... parte; não queremos
Com carne vil enfraquecer os fortes.
Sobresteve o Tupi: - arfando em ondas
O rebater do coração se ouvia
Precípite. - Do rosto afogueado
Gélidas bagas de suor corriam:
Talvez que o assaltava um pensamento...
Já não... que na enlutada fantasia,
Um pesar, um martírio ao mesmo tempo,
Do velho pai a moribunda imagem
Quase bradar-lhe ouvia: - Ingrato! Ingrato!
Curvado o colo, taciturno e frio.
Espectro d’homem, penetrou no bosque!

VI

- Filho meu, onde estás?
- Ao vosso lado;
Aqui vos trago provisões; tomai-as,
As vossas forças restaurai perdidas,
E a caminho, e já!
- Tardaste muito!
Não era nado o sol, quando partiste,
E frouxo o seu calor já sinto agora!
- Sim demorei-me a divagar sem rumo,
Perdi-me nestas matas intrincadas,
Reaviei-me e tornei; mas urge o tempo;
Convém partir, e já!
- Que novos males
Nos resta de sofrer? - que novas dores,
Que outro fado pior Tupã nos guarda?
- As setas da aflição já se esgotaram,
Nem para novo golpe espaço intacto
Em nossos corpos resta.
- Mas tu tremes!
- Talvez do afã da caça....
- Oh filho caro!
Um quê misterioso aqui me fala,
Aqui no coração; piedosa fraude
Será por certo, que não mentes nunca!
Não conheces temor, e agora temes?
Vejo e sei: é Tupã que nos aflige,
E contra o seu querer não valem brios.
Partamos!... -
E com mão trêmula, incerta
Procura o filho, tacteando as trevas
Da sua noite lúgubre e medonha.
Sentindo o acre odor das frescas tintas,
Uma idéia fatal ocorreu-lhe à mente...
Do filho os membros gélidos apalpa,
E a dolorosa maciez das plumas
Conhece estremecendo: - foge, volta,
Encontra sob as mãos o duro crânio,
Despido então do natural ornato!...
Recua aflito e pávido, cobrindo
Às mãos ambas os olhos fulminados,
Como que teme ainda o triste velho
De ver, não mais cruel, porém mais clara,
Daquele exício grande a imagem viva
Ante os olhos do corpo afigurada.
Não era que a verdade conhecesse
Inteira e tão cruel qual tinha sido;
Mas que funesto azar correra o filho,
Ele o via; ele o tinha ali presente;
E era de repetir-se a cada instante.
A dor passada, a previsão futura
E o presente tão negro, ali os tinha;
Ali no coração se concentrava,
Era num ponto só, mas era a morte!
- Tu prisioneiro, tu?
- Vós o dissestes.
- Dos índios?
- Sim.
- De que nação?
- Timbiras.
- E a muçurana funeral rompeste,
Dos falsos manitôs quebrastes maça...
- Nada fiz... aqui estou.
- Nada! -
Emudecem;
Curto instante depois prossegue o velho:
- Tu és valente, bem o sei; confessa,
Fizeste-o, certo, ou já não fôras vivo!
- Nada fiz; mas souberam da existência
De um pobre velho, que em mim só vivia....
- E depois?...
- Eis-me aqui.
- Fica essa taba?
- Na direção do sol, quando transmonta.
- Longe?
- Não muito.
- Tens razão: partamos.
- E quereis ir?...
- Na direção do acaso.

VII

"Por amor de um triste velho,
Que ao termo fatal já chega,
Vós, guerreiros, concedestes
A vida a um prisioneiro.
Ação tão nobre vos honra,
Nem tão alta cortesia
Vi eu jamais praticada
Entre os Tupis, - e mas foram
Senhores em gentileza.
"Eu porém nunca vencido,
Nem nos combates por armas,
Nem por nobreza nos atos;
Aqui venho, e o filho trago.
Vós o dizeis prisioneiro,
Seja assim como dizeis;
Mandai vir a lenha, o fogo,
A maça do sacrifício
E a muçurana ligeira:
Em tudo o rito se cumpra!
E quando eu for só na terra,
Certo acharei entre os vossos,
Que tão gentis se revelam,
Alguém que meus passos guie;
Alguém, que vendo o meu peito
Coberto de cicatrizes,
Tomando a vez de meu filho,
De haver-me por se ufane!"
Mas o chefe dos Timbiras,
Os sobrolhos encrespando,
Ao velho Tupi guerreiro
Responde com tôrvo acento:
- Nada farei do que dizes:
É teu filho imbele e fraco!
Aviltaria o triunfo
Da mais guerreira das tribos
Derramar seu ignóbil sangue:
Ele chorou de cobarde;
Nós outros, fortes Timbiras,
Só de heróis fazemos pasto. -
Do velho Tupi guerreiro
A surda voz na garganta
Faz ouvir uns sons confusos,
Como os rugidos de um tigre,
Que pouco a pouco se assanha!

VIII

"Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Seres presa de via Aimorés.
"Possas tu, isolado na terra,
Sem arrimo e sem pátria vagando,
Rejeitado da morte na guerra,
Rejeitado dos homens na paz,
Ser das gentes o espectro execrado;
Não encontres amor nas mulheres,
Teus amigos, se amigos tiveres,
Tenham alma inconstante e falaz!
"Não encontres doçura no dia,
Nem as cores da aurora te ameiguem,
E entre as larvas da noite sombria
Nunca possas descanso gozar:
Não encontres um tronco, uma pedra,
Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos,
Padecendo os maiores tormentos,
Onde possas a fronte pousar.
"Que a teus passos a relva se torre;
Murchem prados, a flor desfaleça,
E o regato que límpido corre,
Mais te acenda o vesano furor;
Suas águas depressa se tornem,
Ao contacto dos lábios sedentos,
Lago impuro de vermes nojentos,
Donde fujas com asco e terror!
"Sempre o céu, como um teto incendido,
Creste e punja teus membros malditos
E oceano de pó denegrido
Seja a terra ao ignavo tupi!
Miserável, faminto, sedento,
Manitôs lhe não falem nos sonhos,
E do horror os espectros medonhos
Traga sempre o cobarde após si.
"Um amigo não tenhas piedoso
Que o teu corpo na terra embalsame,
Pondo em vaso d’argila cuidoso
Arco e frecha e tacape a teus pés!
Sê maldito, e sozinho na terra;
Pois que a tanta vileza chegaste,
Que em presença da morte choraste,
Tu, cobarde, meu filho não és."

IX

Isto dizendo, o miserando velho
A quem Tupã tamanha dor, tal fado
Já nos confins da vida reservada,
Vai com trêmulo pé, com as mãos já frias
Da sua noite escura as densas trevas
Palpando. - Alarma! alarma! - O velho pára!
O grito que escutou é voz do filho,
Voz de guerra que ouviu já tantas vezes
Noutra quadra melhor. - Alarma! alarma!
- Esse momento só vale a pagar-lhe
Os tão compridos trances, as angústias,
Que o frio coração lhe atormentaram
De guerreiro e de pai: - vale, e de sobra.
Ele que em tanta dor se contivera,
Tomado pelo súbito contraste,
Desfaz-se agora em pranto copioso,
Que o exaurido coração remoça.
A taba se alborota, os golpes descem,
Gritos, imprecações profundas soam,
Emaranhada a multidão braveja,
Revolve-se, enovela-se confusa,
E mais revolta em mor furor se acende.
E os sons dos golpes que incessantes fervem,
Vozes, gemidos, estertor de morte
Vão longe pelas ermas serranias
Da humana tempestade propagando
Quantas vagas de povo enfurecido
Contra um rochedo vivo se quebravam.
Era ele, o Tupi; nem fora justo
Que a fama dos Tupis - o nome, a glória,
Aturado labor de tantos anos,
Derradeiro brasão da raça extinta,
De um jacto e por um só se aniquilasse.
- Basta! Clama o chefe dos Timbiras,
- Basta, guerreiro ilustre! Assaz lutaste,
E para o sacrifício é mister forças. -
O guerreiro parou, caiu nos braços
Do velho pai, que o cinge contra o peito,
Com lágrimas de júbilo bradando:
"Este, sim, que é meu filho muito amado!
"E pois que o acho enfim, qual sempre o tive,
"Corram livres as lágrimas que choro,
"Estas lágrimas, sim, que não desonram."

X

Um velho Timbira, coberto de glória,
Guardou a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi!
E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!
"Eu vi o brioso no largo terreiro
Cantar prisioneiro
Seu canto de morte, que nunca esqueci:
Valente, como era, chorou sem ter pejo;
Parece que o vejo,
Que o tenho nest’hora diante de mi.
"Eu disse comigo: Que infâmia d’escravo!
Pois não, era um bravo;
Valente e brioso, como ele, não vi!
E à fé que vos digo: parece-me encanto
Que quem chorou tanto,
Tivesse a coragem que tinha o Tupi!"
Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi.
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: "Meninos, eu vi!".

FIM

quinta-feira, novembro 01, 2018

NOVAS MEDIDAS - UNIDOS CONTRA A CORRUPÇAO

Essa é minha mais recente contribuição para campanha DIGA NÃO À CORRUPÇÃO! que é a campanha de retomada de valores sociais e culturais que se intensifica também através da arte, meios sociais e jurídicos e está numa NOVA FASE.
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Assim, independente da visão ideológica sabemos que muitos são contra a corrupção. Portanto, entrando no site do endereço abaixo você vai ver que existe um espaço para você clicar, assinar e passar a fazer parte desse Grupo do Bem, fazer parte dessa União.
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Eu já me cadastrei. Já assinei. Já estou integrado nessa luta. E você? Vem!!!
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Novas Medidas. Unidos Contra a Corrupçao (Ton MarMel) #combateacorrupcao #unidoscontraacorrupcao #marmel #martmel #tonmarmel #mpf #oabdf #foracorrupcao #diganaoacorrupcao #artefazparte #arteportodaparte #brasil #novasmasmedidas
Preencha a ficha que está na página do site, coloque seu e-mail e clique enviar e em seguida você espalha essa ideia. Fala com, pelo menos, 5 amigos seus.
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Faz isso agora!!!
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Não! Não deixa pra depois. VAMOS JUNTOS participar da maior batalha anticorrupção da história do nosso país.
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Ah! Se puder, aproveite e visite também os sites abaixo e conheça um pouco mais sobre meu trabalho.
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Será um prazer e uma honra receber sua visita.
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Cordiais saudações jurídicas-artísticas,
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Ton MarMel – anTONio MARtins MELo.


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#combateacorrupcao #unidoscontraacorrupcao #marmel #martmel #mpf #oabdf #foracorrupcao #diganaoacorrupcao #artefazparte #arteportodaparte #brasil

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sexta-feira, outubro 26, 2018

CAMPANHA DE COMBATE AO MARXISMO CULTURAL E Á CORRUPÇÃO

CAMPANHA DE COMBATE AO MARXISMO CULTURAL VERMELHO E Á CORRUPÇÃO

MARXISMO CULTURAL, QUE BICHO É ISSO?!

Marxismo cultural é um movimento ideológico que pretende implantar a revolução marxista de Karl Marx. Não através dos meios armados ou de uma movimentação de violência, mas por meio da transformação da cultura ocidental. Na verdade, o Ocidente é uma cultura que está toda baseada, desde o tempo dos antigos filósofos gregos, principalmente depois do Cristianismo, na espiritualidade.


O marxismo cultural começa formalmente com a fundação da neomarxista Escola de Frankfurt, cujo principal instrumento de controle social, cultural e político tem sido o que se conhece como correção política. Na Europa Ocidental e nos Estados Unidos não se tem aplicado o modelo econômico marxista. Entretanto, o marxismo cultural domina alguns aspectos das sociedades democráticas ocidentais atuais.


O marxismo cultural funciona na prática como um vírus e consiste no uso abusivo da imprensa e da educação para fazer com que os dogmas de Karl Marx se tornem a forma de pensar dominante numa sociedade. Um professor marxista usará sua influência sobre seus alunos para convencê-los de que a sociedade capitalista é injusta e por isso não pode prosperar. Jornalistas marxistas farão o mesmo aproveitando que a televisão e os jornais têm uma espécie de fé pública e tudo que é dito lá é compreendido pela maior parte das pessoas como verdades evidentes. Dessa forma é possível fazer uma revolução sem usar violência, basta fazer a população acreditar nos dogmas de Marx e com isso políticos de esquerda sempre vencerão as eleições e as leis e costumes dessa sociedade passarão a obedecer aos dogmas de Marx. Um exemplo disso é que no Brasil poucas pessoas conhecem as obras de adoração ao Diabo de Marx. Quem quiser lê-las basta procurar por "Oulanem, uma Tragédia" nos buscadores.



Ah! A Campanha de Combate a Corrupção está numa nova fase e independente da visão ideológica sabemos que muitos são contra a corrupção.


E entrando no site de endereço abaixo você vai ver que existe um espaço para você clicar, assinar e passar a fazer parte desse grupo do bem, fazer parte dessa união.


Eu já me cadastrei. Já assinei. Já estou integrado nessa luta. E você? Vem!!!


Preencha a ficha que está na página do site, coloque seu e-mail e clique enviar e em seguida você espalha essa ideia. Fala com, pelo menos, 5 amigos seus.


Faz isso agora?! Não! Não deixa pra depois. Vamos juntos participar da maior batalha anticorrupção da história do nosso país.

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"A corrupção é uma atividade econômica,com fins lucrativos.O melhor modo de acabar com a corrupção,é fazer com que ela dê prejuízo a quem a pratica,tanto ao que corrompe como ao que é corrompido.Essa turma da lava jato que está na cadeia,deveria sofre um arresto total de todos os bens que elas possuem.Todos bens patrimoniais e todo o tipo de valores como jóias dinheiro e também o imóvel em que residem,não importando se a família mora nele ou não.Tudo seria leiloado e o montante seria devolvido aos cofres de onde foram retirados.O que sobrar(se sobrar) seria para pagar as despesas das investigações e julgamentos,além de traslados;horas de trabalho da justiça e todas as despesas decorrentes do processo.Para finalizar,uma multa de 10% a título de indenização ao erário.No dia que fizerem isso,essa turma da corrupção vai mudar de atividade.É como o caso das drogas,combater o tráfico e proteger o usuário,é uma imbecilidade pois,que dá lucro ao traficante é o babaca que compra.Ora,tendo quem compre é óbvio que sempre vai ter alguém para vender."




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domingo, outubro 14, 2018

BOLSONARO E VONTADE POPULAR

--- Mais importante do que qualquer campanha política milionária são a conscientização e a vontade popular... 

E essa verdade está sendo vivida pela primeira vez na história do Brasil em 2018! 

Sendo assim, fica provando (como primeira lição de casa dessas eleições) que qualquer profissional tem que estudar, investir seus recursos próprios, trabalhar, ser honesto, agir com probidade, ética, moral, respeito ao patrimônio público e desenvolver com criatividade sua carreira.

Assim, por que o político precisa de financiamento público? Por que não busca apenas o apoio financeiro das pessoas que os admiram e o próprio patrimônio? Por que, afinal, a população consente calada que políticos retirem recursos da geração de empregos, da saúde, da educação, da cultura, da segurança para patrocinar carreiras políticas de indivíduos que - em grande parte - são suspeitos de corrupção ou envolvidos em corrupção e na sua maioria são improdutivos e ineficientes?

Bolsonaro e Conscientizaçáo Popular. Bolsonaro e Vontade Popular #jairbolsonaro #bolsonaro17 #bolsonaropresidente17 #marmel #bolsonaro #martmel #tonmarmel @tonmartmel


quarta-feira, outubro 10, 2018

O PASTOR MENTIROSO E O LOBO

Um Pastor de ovelhas, encarregado de tomar conta de um rebanho perto de um vilarejo por algumas vezes, fez com que os moradores e os donos dos animais viessem correndo apavorados ao local do pasto, sempre que eles ouviam o pastor desesperado gritar por socorro dizendo: "Lobo! Lobo! Lobo!"

E quando os moradores e donos das ovelhas iam correndo para o local do pastoreio para socorrer o pastor e salvar as ovelhas, imaginando que o pastor e ovelhas estavam em perigo com o lobo, quando lá chegavam, os moradores e os donos das ovelhas viam o pastor rindo e zombando do pavor que todos eles estavam sentindo.

Mas um dia, entretanto, o lobo de fato se aproximou do rebanho. E o pastor, agora, realmente estava em apuros, e, apavorado, tomado pelo terror e aflição, o pastor gritava desesperado: “Socorro! Por favor! Ajudem! Ajudem! O lobo está matando todo o rebanho e pode me matar também!"

Mas, dessa vez seus gritos foram em vão, pois achando que os gritos do pastor eram mais uma brincadeira, ninguém levou á sério e não deu ouvidos aos seus apelos.

E o lobo matou as ovelhas; matou o pastor e desapareceu pra dentro da mata enorme e nunca mais foi visto.




Moral da História 1
Ninguém acredita em um mentiroso, mesmo quando ele fala a verdade.

Moral da História 2
Homem sem palavra: Homem sem honra.
O Pastor e o Lobo. Ficha resumo para vocë baixar e usar. (#marmel #martmel #esopo #opastoreolobo #fabulas)
Notas sobre o autor, Esopo

Foi um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas várias fábulas populares. A ele se atribui a paternidade das fábulas, como gênero literário.

Malgrado sua existência permaneça em dada medida incerta e pouco se saiba quanto à origem de várias de suas obras, seus contos se disseminaram em muitas línguas pela tradição oral. Em muitos de seus escritos, os animais falam e têm características humanas.

As fábulas de Esopo serviram como base para recriações de outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine.

Esopo, o mais conhecido dentre os fabulistas, foi sem dúvida um grande sábio que viveu na antiguidade. Sua origem é um mistério cercado de muitas lendas. Mas, pode ter ocorrido por volta do ano 620 A.C.

E embora várias localidades reivindiquem o posto maternal é comum que o tratem como originário de uma cidade chamada Cotiaeum, na província da antiga Frígia, Grécia.

Acredita-se que já nasceu escravo (mas, não escravo-negro como se imagina no Brasil) e pertenceu a dois senhores. O segundo Senhor viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.

Em suas fábulas, ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos ou coisas inanimadas do reino vegetal, mineral, ou forças da natureza. 


sexta-feira, outubro 05, 2018

NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI

Assim como são as criaturas, são as coisas. Qualquer semelhança com atuais acontecimentos já eram favas contadas e não mera coincidência.

E eis o cartãozinho criado hoje, nascido de  acontecimentos recentes associados a lembranças de poema político que embalou a adolescência de muita gente boa.

Conhecias? Já havias lido ou ouvido alguém declamar?

No caminho com Maiakóvski de Eduardo Alves da Costa. Ilustrado por Ton MarMel. #marmel #martmel #maiakovski #eduadoalvesdacosta #bolsonaro #bolsonaro17 #bolsonaropresidente17 #tentativadeassassinato #eleicao2018



Entáo, feito o preämbulo vamos ao poema no Caminho com Maiakóvski, do brasileiro Eduardo Alves da Costa.


Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne a aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita – MENTIRA!


(Eduardo Alves da Costa, em “No Caminho com Maiakóvski” [poesia reunida]. São Paulo: Geração editorial, 1ª ed., 2003. págs. 47,48 e 49.)