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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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segunda-feira, março 31, 2014

ARTE COMO PENSAMENTO E AÇÃO


"Podemos dizer: “a arte ensina a pensar”, “a arte é um meio para a reflexão”. Podemos chegar a algo mais extremo: “a arte substituiu o pensamento na tarefa da interpretação do mundo”. Frases como estas correm soltas em nossos meios, sejam eles intelectuais ou não; conhecemos a idéia da arte como “medium” de reflexão no romantismo alemão que veio fazer escola no século XX influenciando artistas, filósofos e até a figura do curador de exposições que veio a se tornar enfática na atualidade. Sua verdade, porém, só será compreendida se analisarmos a ambigüidade que veiculam. Um bom método para buscar a compreensão de algo é sempre ver o que cada frase, cada idéia ou preposição, oculta. E é sempre útil desconfiar que perguntas camuflam perguntas e respostas prontas podem evitar ou interromper o processo do pensamento.


(MarMel Galeria Facebook. Capa de página. Link nesta figura e no final desta página)

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Neste contexto é importante uma crítica sobre a questão “a arte faz pensar” capaz de mostrar sua pertinência e limites.

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Tais preposições estão extremamente vinculadas à questão da falência da filosofia. Desde Marx, segundo a famosa 11ª Tese sobre Feuerbach, “os filósofos até agora se ocuparam da interpretação do mundo enquanto cabe transformá-lo”. Marx fazia do pensamento um trabalho cuja responsabilidade era a modificação das condições materiais da existência. A filosofia não poderia ser mera teoria no sentido da contemplação desligada da realidade social e política e sem função prática. Neste sentido Marx apenas conclamava os filósofos, aqueles que se davam à tarefa do pensamento especializado e qualificado como até hoje, a que, como os proletários do seu tempo - objetos de relações de poder, mas artífices dos meios de produção - tomassem em suas mãos o poder de que dispunham e realizassem sua excelência e natureza: que cada um efetivasse sua função social, que os filósofos fizessem o pensamento valer revolucionando a vida concreta e que os trabalhadores fizessem seu trabalho valer como poder que ele de fato era. Mas o que não estava dito era que a falência da filosofia era igual, neste contexto, à falência do trabalho e ambos deveriam ressurgir como poderes transformadores.

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Neste ponto, a arte aparece como uma atividade capaz de fazer o que a filosofia não foi capaz, a saber, oferecer uma reflexão mais profunda e mais crítica da realidade. É interessante que não tenha se tornado uma questão tão levada a sério a capacidade da arte em revolucionar o mundo trabalho. A crítica da arte jamais colocou a questão sobre a pertinência da arte na transformação do mundo que a filosofia teria deixado a desejar. Uma transformação da ação por meio da arte equivalia a uma transformação do trabalho que estava na esteira da crítica de Marx à filosofia. Apenas Marcuse, em meados do século XX, acreditará que a arte é capaz de ser trabalho não alienado, trabalho que realiza subjetivamente quem o promove. Mas é curioso que hoje a arte venha reivindicar o lugar especial frente ao pensamento. Quem defende a idéia de que arte realiza o papel da filosofia tem em mente esta falência do pensamento no que concerne à sua vocação prática abandonada. Vocação que não pode, a propósito, ser perdida de vista, devendo - a cada vez e com urgência - ser recuperada. Filósofos como Theodor Adorno (autor da Teoria Estética, a maior obra a relacionar arte e filosofia no século XX) dirá que a arte é autônoma no que concerne à sua lei formal em relação à sociedade e que isso constitui sua maior crítica ética e política. O que a arte veio ensinar à filosofia deve ser compreendido nos termos do que a sensibilidade é capaz de ensinar à razão, processo cujo reconhecimento é absolutamente necessário desde que a razão iluminista demonstrou sua necessidade de crítica ao perder-se nos descaminhos de uma existência separada da sensibilidade.
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Seguindo tal caminho, desde Schopenhauer, Nietzsche e Kierkegaard, pelo menos entre os mais conhecidos, a filosofia tem tentado ser arte no sentido da aventura criativa do pensamento que deixa revelar suas sombras e luzes, expandindo-se como consciência e inconsciência, emoção e lógica num arranjo dialético, ou seja, capaz de entrelaçar facetas opostas. A arte mostrou e ainda mostra à filosofia os limites do pensamento meramente racional e lógico. A evolução da filosofia dependia de que objetos, as obras de arte, devessem ser enfrentados pela racionalidade e que, na oferta de um choque de sensibilização dado pelas obras de arte, o pensamento evoluísse rumo ao reconhecimento de seus limites. Isso, de fato, ocorreu no século XX. A obra de arte mostra o limite da explicação racional e lógica e evidencia-se como algo “mais” em relação à linearidade do pensamento lógico.
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Mas não é possível dizer que a arte substitui o pensamento, antes a relação é dialética e Adorno tinha razão: se a arte auxilia o pensamento, o pensamento também auxilia a arte. Outra coisa, no entanto, é dizer que o pensamento substitui a arte. Diante dessa idéia o que encontramos é a ausência de dialética que promove um retrocesso no trabalho do pensamento tanto quanto no das artes. A dialética é o método que permite reconhecimento na relação entre opostos, que não elimina polaridades na intenção de hierarquizar um deles oferecendo uma resposta rápida e fácil ás dificuldades imanentes ao processo do conhecimento.
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É necessário, entretanto, voltar à questão do trabalho e pensar por que ninguém pergunta sobre a falência da arte, enquanto a falência da filosofia parece dada. Por que pensamos a arte como tendo o direito de ser “mais adequada” para a reflexão do que a filosofia, do que o trabalho especializado com o pensamento que ela quer promover? Se ela promove pensamento, podemos dizer que ela tem razão ao interferir no método, colocando a sensibilidade no lugar onde antes estava apenas a lógica. Mas, por outro lado, não seria de devolver à arte a pergunta sobre a sua própria incapacidade em transformar o mundo do trabalho, da prática, da ação? Optar pelo pensamento só tem sentido se carregamos junto dele a ação.
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Se a filosofia produziu pensamento alienado enquanto tentava produzir pensamento qualificado, o fato de que a arte venha interferir no pensamento é relevante e fundamental, pois ela alcança para a filosofia algo que ela mesma era incapaz. Mas isto não transforma a arte na verdade das verdades, o novo tribunal onde o pensamento qualificado pode ser julgado.
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Resta a pergunta sobre o fato de que a arte não tenha se ocupado com a esfera da prática e do trabalho, afinal, que espécie de “pensamento” ela pretende ser ou produzir? O que a arte mostra é a possibilidade de mudar o mundo mudando o pensamento. Adorno interpretou assim a vantagem da arte diante da filosofia. Tal possibilidade, todavia, possui um limite atroz: a crença da arte no pensamento (a arte como cosa mentale de Da Vinci e como artefato conceitual no século XX) mostra também a incompetência da arte em mudar o mundo do trabalho, da ação.



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Há que se colocar uma questão camuflada: é preciso suspeitar da arte quando ela procura esquivar-se de uma tarefa que é imanente ao seu sentido enquanto coisa social: a tarefa da sensibilização.
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Aquilo que a arte critica, o pensamento, define o objeto sobre o qual ela deseja interferir e certamente o fará ao dar sensibilidade ao pensamento, mas isso não é nenhuma garantia de que a arte, por si só e simplesmente, possua como absoluto a sensibilidade como algo que a obra carrega espontaneamente. Este é o grande limite da arte, a crença na onipotência da sensibilidade como se esta não fosse formada e educada, instrumento do poder e da ideologia.
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E devemos perguntar: quando a arte se propõe a substituir a filosofia quem realizará a ação de sensibilização? Não podemos tomar a sensibilidade como dada, ela precisa ser construída, tanto quanto o pensamento. Assim como o pensamento é uma tarefa complexa e árdua, do mesmo modo o é a sensibilidade. Neste ponto, a filosofia avança para além da arte: enquanto a filosofia está procurando chegar à prática, ter relevância para o mundo da ação após a dura autocrítica que levou a cabo, a arte, com todas as tentativas revolucionárias promovidas no século XX, também não chegou onde prometia. É preciso reformular o juízo: a falência da filosofia é concomitante à falência das artes. Mas se aquela se revisa desde o século XIX, esta ainda não promoveu a própria autocrítica. O avanço da filosofia nasceu de sua autocrítica, os artistas e as artes ainda não realizaram esta auto-avaliação até as últimas conseqüências."
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Arte e filosofia
Arte como pensamento e ação
Márcia Tiburi – Prof. de filosofia (Unisinos e Unilasalle)
Autora de Filosofia Cinza (Escritos, 2004) e Diálogo sobre o Corpo (Escritos, 2004).
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Publicado no Jornal do Margs, n° 105, Dezembro 2004. Página 8.


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sexta-feira, março 28, 2014

SOBRE ARTE

Sobre Arte: "A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final." (Luis Fernando Veríssimo).




 "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida." (Vinicius de Moraes)




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quinta-feira, março 20, 2014

DENÚNCIA: MUSEU ABANDONADO EM BRASÍLIA

Fechado desde 2007, Museu de Arte de Brasília - MAB está tomado pelo mato. 




O Museu de Arte de Brasília (MAB) abriu as portas em março de 1985 e, desde então, enfrenta uma batalha constante para manter-se vivo e digno de ser categorizado como uma instituição destinada a abrigar obras de arte. É uma batalha de Dom Quixote, amparada por uma série de cavalheiros cuja musa é um precioso acervo de mais de 2 mil obras capazes de contar a história da arte brasileira e brasiliense nas últimas oito décadas.

Fechado desde 2007 por recomendação do Ministério Público, que considerou as instalações do museu no Setor de Hotéis e Turismo Norte um risco para o acervo, a instituição já foi uma referência para artistas da cidade e um ponto de convergência cultural, no qual o encontro de gerações ajudava a formar público e profissionais a exemplo de Ton MarMel e dezenas de outros artistas renomados inclusive internacionalmente.

Já foram três as tentativas de reforma do museu, nenhuma delas realmente efetivada. Agora, a Secretaria de Cultura do Distrito Federal acena com um terceiro projeto, que, se sair do papel, pretende fazer as reformas estruturais necessárias para abrigar com dignidade a coleção.

O projeto executivo está pronto, mas ainda não foi licitado por falta de verbas ou por uma questão de prioridade. Enquanto isso, o acervo permanece guardado em uma reserva técnica do Museu Nacional. “É um absurdo o museu estar fechado. Ele é importantíssimo para a cidade. É uma luta permanente de pessoas que vivenciaram a história (do MAB) para recuperá-lo”, diz Lêda Watson, primeira diretora e fundadora do museu.

Glênio Lima dirigiu o MAB entre 2007 e 2010. Ajudou a embalar as obras quando a Justiça determinou o fechamento. “É uma perda para a cidade, é inquestionável. Ele era o nosso ponto, o único lugar para exposição que tínhamos nos anos 1980 e 1990. O espaço é icônico pela simbologia. E não se fecha um museu, se abre um museu”, aponta. 



(Fonte: Nahima Maciel, via Correio Braziliense)


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quinta-feira, março 13, 2014

MARCEL DUCHAMP

(Charge do artista Ton MarMel)




“Toda obra de arte genuína tem tanta razão de ser como a Terra e o Sol.” Emerson (1803-1882), Sociedade e Solidão: “Arte.”



Veja também: 
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MarMel Youtube http://www.youtube.com/watch?v=eWIdKf9CrRk&list=PL43046A5F8628409D
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MarMel Galeria http://www.artmajeur.com/marmel/...
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MarMel Facebook
 https://www.facebook.com/pages/MarMel-visualARTS/412672798747507

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MarMel Jurista http://antoniomartinsmelo-advogado.blogspot.com.br/






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terça-feira, março 11, 2014

FIM DE TEMPESTADE





"Porque não há mal que sempre dure,
nem bem que nunca se acabe".

(Fim de Tempestade. 2014.3.12. Ton MarMel)






segunda-feira, março 10, 2014

GOYA: TRAÇOS DO PENSAMENTO EM LIVRO



O espanhol era guiado pelos ideais iluministas do século 17

A filosofia segue contemplando o tempo, como descreve o artista espanhol Francisco Jose de Goya y Lucientes na legenda da gravura Pobre e nua vai a filosofia. Nua, de fato, ela não está, apesar das roupas em farrapos. Nos pés, porém, não há calçados. Um livro aberto na mão direita e outro fechado na esquerda, sugerindo que o conhecimento está ali disponível. Com base em um poema de Petrarca, Goya escreveu a descrição da imagem e traçou um rosto ingênuo com olhos indagadores voltados para o céu. A figura estaria apresentando uma ruptura à tradição e anunciando o advento da arte moderna, segundo Tzvetan Todorov, no livro Goya à sombra das Luzes.




Goya representa pensamento e arte de vanguarda, em um cenário onde imagem esteve sempre associada a maneira de pensar, ver e produzir arte. “Somente quando nós. habitantes do século 19, lançamos um olhar sobre a evolução das artes da imagem na Europa, ao longo dos 200 anos que acabam de passar, é que somos levados a constatar: produziu-se uma subversão durante esse período da história, e Goya é o artista que, certamente não o único, mas melhor do que ninguém, pressentiu os novos caminhos que se abriram à sua arte e esboçou alguns primeiros passos por esses caminhos”, descreve Todorov.




(Fonte: Vanessa Aquino, via Correio Braziliense)

sexta-feira, março 07, 2014

RENOVA-TE





Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado.,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cânticos de Cecilia Meireles
(Desconheço o autor da escultura).



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quinta-feira, março 06, 2014

A COR DO HOJE É AGORA




(A COR DO HOJE É AGORA. Montagem do artista visual Ton MarMel #marmel    #tonmarmel  #ton-marmel #marmelton   #marmelgaleria  #)



Você ainda não pode mudar o tempo e você não pode fazer as pessoas mudarem quando você quer. Apenas acontece, muitas vezes, quando você não espera ou quer. 




Hoje encontrar um pouco de cor no tempo ou certa pessoa pode adicionar um pouco de sabor e aquecimento para o seu entorno.. 

O que é um dia sem sorrir! Desfrute de um quente dia de festa!