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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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Poetado



VÍdeos de trabalhos recentes podem ser vistos no canal de Ton MarMel no Youtube no endereço








"POETADO  porque participo o passado do meu verbo poetar." (Ton MarMel)






COTIDISTEMA
(Ton MarMel)

E eu vou fazer de te o meu futuro escravo
Devedor sem fim.

Deverás a mim tuas vestes,
Tua própria pele
Pela tua vinda a vida.

Andarás por onde determino
Pensarás com cuidado
Umas mil vezes
E dez mil vezes terás
Tua boca e gestos podados.

Pois assim quero,
Assim determino...

A tua pobre alma a mim oferecida
Será cuspida e surrada
Enquanto tua carne sangrando
Será esquartejada.

Louvarás e enfrentarás por mim
A fome, a sede, a dor e a guerra
O calor, o frio, o inferno.

Pois assim irás querer
E assim desejarás.

O teu árduo trabalho
Será meu passatempo enriquecedor
E a tua terrível dor
Minha mais doce diversão.

Viverás como na sarjeta
Não comerás o puro pão
E guardarás para ti
A cólera do teu coração

Chorarás, esperniarás
Juntar-te-á a iguais em milhões e aos milhares

E por fim, após tudo
Exausto e velho portanto
Verás no fim da triste vida
O botão-flor-fruto
Do teu sangue abortado

Liberdade!



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SUPER-HEROI
(Ton MarMel)

Amorzinho meu
Ceu que cintila na luz da imensidão
Por favor não esqueças jamais
Pois sei que falo bastante todo dia
Que a vida é cheia de maldade
E que a rotina da realidade é fatal
Mas que apesar dos pesares e penares
Meu amor por ti
É super-heroi imortal...


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Canção do Ratinho
(Ton MarMel)

Te pegam na rua
Te dão uma grana
Te pedem pra me enganar
Te pedem pra te me enrolar
Te pedem pra me roubar

O rato da rua
Entrou pra política
Chegou ao Congresso
Ganhou uma grana
Virou um corrupto
Juntou-se ao gato
Que que o comeu...


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Política de Mercado
(Ton MarMel)

Vende-se
felicidade de curta idade
em prefeito estado
e quase sem nenhum estrago

Vende-se
a verdade da tristeza
em tons creminhos
com pouco uso
e cheia de inúteis qualidades

Vende-se
a moral
a ética
o próprio filho
a própria mãe

Vende-se
as próprias qualidades
de tonalidades duvidosas
de bom uso pelos políticos

Vende-se políticos
De todos os sinônimos
Poucos adjetivos
Quase sem ideais
Por preço excepcional
De liquidação
É negócio de ocasião
É perder ou largar

Vende-se ideais
Vende-se o próprio dinheiro
A força de trabalho
O próprio corpo
A própria alma
Todo o ser e sua existência

Vende-se procuração de Deus
Bens materiais e imateriais
Vende-se a amazônia
Um goleiro solitário
Vende-se o tempo
Os outros
A vida
Já quase sem vida
Com pouca vontade de viver

Vende-se a vontade de não viver
De não lutar
De não vencer

Vende-se o comodismo
A solidão
A decepção
O desamor
A falta de cidadania
A falta de respeito
A inversão de valores

Vende-se isso, aquilo
Mil coisas e coisas mil

E as tabuletas de preços seguem pelas cidades
No seu vai-vem de preços inflacionados
Sem nenhum comprador aparente
E todo mercado vendido.


 

Na medida da possibilidade do tempo os biscoitos serão resgatados do baú para este espaço sideral.