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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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segunda-feira, julho 29, 2013

POR UMA REFORMA POLÍTICA POPULAR, APARTIDÁRIA, AMPLA, GERAL E IRRESTRITA, JÁ!


POR UMA REFORMA POLÍTICA POPULAR, APARTIDÁRIA, AMPLA, GERAL E IRRESTRITA NASCEU EM DEFESA DOS "ZÉ-NINGUEM" CONTRA INJUSTIÇAS QUE FAVORECEM PODEROSOS PORQUE HOJE “O POVO NAS RUAS FINALMENTE SE RECONHECE E É RECONHECIDO COMO AUTOR E FONTE PRINCIPAL DA POLÍTICA E DO DIREITO. A SOBERANIA POPULAR É O QUE SE REVELA NESSE PROCESSO, COM TAL FORÇA QUE OS PODERES DERIVADOS DESSA SOBERANIA (Executivo, Legislativo e Judiciário) ESTÃO CORRENDO ATRÁS DE LEGITIMIDADE." E A CADA DIA O POVO CONSEGUE ENXERGAR QUE O PRESENTE DA DENTADURA OFERECIDO PELO GOVERNO E POLÍTICOS NAS ELEIÇÕES PASSADAS NÃO FOI SOLUÇÃO PARA A SAÚDE E HOSPITAIS PÚBLICOS POIS SEUS VIZINHOS CONTINUARAM BANGUELAS, SEM MÉDICOS, SEM DENTISTAS E SEM HOSPITAIS DE QUALIDADE NO INTERIOR, ENQUANTO OUTROS JÁ PERCEBEM QUE O PAR DE SAPATOS RECEBIDO NA ÚLTIMA ELEIÇÃO NÃO TROUXE MELHORIAS DE RUAS, CALÇADAS, TRANSPORTE PÚBLICO DE BAIXO CUSTO, SANEAMENTO BÁSICO, MELHORES CONDIÇÕES DE ENSINO, EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, EMPREGOS, SALÁRIOS JUSTOS, PADRÃO DE VIDA DIGNO, MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS EM GERAL".





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Redução na tarifa do transporte. Mais investimentos na saúde e na educação. Melhoria salarial. Aumento de cotas em universidades. Fim do fator previdenciário. Redução da jornada de trabalho. Reforma agrária. Maior idade penal. Bolsa estudante. Vele cultura. Programa minha casa. Bolsa família, bolsa disso, daquilo, “triquilo”, etecétera, e tal... SÃO APARENTES REMÉDIOS QUE ALIVIAM AS DORES DE ALGUMAS PESSOAS POR ALGUNS INSTANTES QUE OS POLÍTICOS PROPÕEM MAS QUE NA VERDADE NÃO TRAZEM SOLUÇÕES DEFINITIVAS PARA TODA A POPULAÇÃO E NEM COMBATEM A VERDADEIRA CAUSA DOS PROBLEMAS, OU SEJA, NÃO PASSAM DE DESCULPAS QUE GOVERNO E POLÍTICOS USAM PARA NÃO COMBATEREM E RESOLVEREM EM DEFINITIVO OS PROBLEMAS, E CONTINUAREM MANTENDO O POVO CARENTE E DEPENDENTE DELES, E ASSIM ELES CONSEGUEM SE MANTER NO PODER CADA VEZ MAIS RICOS ENQUANTO A POPULAÇÃO PERMANECE CADA VEZ MAIS NECESSITADA DE MELHORIAS INADIÁVEIS.

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A educação é um lento processo em construção e não fórmula mágica de solução pronta. O população tem suas necessidades prementes e não pode esperar que a educação chegue a um patamar ideal para que então se faça a reforma política porque os políticos não a querem e isso é notório, e é notório que esses políticos que aí estão vão continuar se perpetuando no poder do modo como as coisas aí estão hoje, e é óbvio que as ruas mostram que a vontade do governo e políticos não são as mesmas da população. Então, para que os problemas prioritários comecem a serem sanados, hoje, urge que se mude hoje as regras a serem seguidas pelos parlamentares, as leis eleitorais, as leis e políticas publicas que nortearão as prioridades dos investimentos públicos de acordo com a vontade soberana que vem das ruas. Por isso urge a necessidade de UMA REFORMA POLÍTICA POPULAR, APARTIDÁRIA, AMPLA, GERAL E IRRESTRITA, JÁ!
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O maior problema na democracia brasileira é do ATO DE VOTAR e da FALTA DE COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE, CONHECIMENTO, PRINCÍPIOS, ÉTICA, MORAL, CARÁTER, HOMBRIDADE dos ELEITOS, pois elege-se um cidadão E SE ESPERA DELE boas atitudes para a população, no entanto, DEPOIS de eleito o parlamentar se acha no direito de fazer o que bem entende atendendo a interesses pessoais e de grupos que realmente não se importam em resolver definitivamente os problemas do país, passando a IGNORAR A CONFIANÇA QUE RECEBEU através do voto, pois tem certeza de que está impune, seguro, e inalcançável pelo eleitor; e o eleitor fica decepcionado, se sente péssimo, traído, de mãos atadas DURANTE PELO MENOS OS PRÓXIMOS 4 ANOS de mandato desses maus políticos, porque no Brasil não existe nenhum mecanismo (do tipo RECALL) para direcionar as políticas e investimentos públicos de acordo com a vontade soberana popular que emerge das ruas, para punir e cassar o mau vereador, deputado, senador.
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PORTANTO, TODOS OS PROBLEMAS ESTÃO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE SÃO AS VONTADES E PRIORIDADES DO GOVERNO E POLÍTICOS. ASSIM, É URGENTE QUE SEJA FEITA A REFORMA POLÍTICA POIS SEM ELA O GOVERNO E CONGRESSO JAMAIS ATENDERÃO ÀS NECESSIDADES DA MAIORIA DA POPULAÇÃO.
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DESSE MODO, EIS OS PRINCIPAIS TERMOS DA PETIÇÃO, QUE PODEM SER ALTERADOS DE ACORDO COM A VONTADE POPULAR:
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MANDADO POPULAR
(Somatório dos institutos do Mandado de Segurança e Ação Popular do Povo Brasileiro a ser editado pelo Chefe do Poder Executivo)
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Altera dispositivos da Constituição Federal para permitir à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e Municípios viabilizarem a vontade soberana do povo, e dá outras providências.
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, atendendo ao clamor da soberania popular domocraticamente exercitada nas ruas, e
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CONSIDERANDO as razões anexas,
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Resolve editar o seguinte
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MANDADO POPULAR
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SOBRE A CAPACIDADE CIVIL, PENAL E EXERCÍCIO DO SUFRÁGIO
Art. 1°. Todos os maiores de dezesseis anos de idade são capazes de exercer os atos da vida civil, são penalmente imputáveis e podem exercer facultativamente o direito ao voto.
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SOBRE A ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Art. 2º. Extingue-se o Senado Federal, cujas atribuições passam a ser exercidas exclusivamente pela Câmara dos Deputados.
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Art. 3°. Fica instituído o sistema eleitoral do voto distrital, passando a ser vedada toda e qualquer forma de financiamento e repasse público, direto ou indireto, a candidatos e partidos, mantidas as atuais proibições de doação, subvenção ou financiamento.
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Art. 4º. Cada Estado e o Distrito Federal elegerão cinco representantes pelo sistema majoritário para mandato de cinco anos que comporão a totalidade dos membros do Congresso, possuirão um único suplente eleito na mesma ocasião, e eventual vaga poderá ser preenchida uma única vez, no final do segundo ano de mandato após prévia consulta ao eleitorado de origem da vaga.
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Art. 5º. É admitida a candidatura avulsa de candidato não filiado a partido político.
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Art. 6º. As eleições para todos os cargos dos Poderes Legislativo e Executivo federal, estadual e municipal coincidirão.
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Art. 7º. Somente será admitida a inscrição de candidatos a cargo eletivo de cidadão que possua formação média, mínima, reputação ilibada, idoneidade moral, ausência de condenação transitada em julgado em desfavor de qualquer ente público, após aprovação prévia em concurso público de provas e títulos coordenados pelo Superior Tribunal Eleitoral.
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SOBRE O PODER LEGISLATIVO
Art. 8º. Todas as votações no Congresso Nacional são públicas e abertas, vedado o voto secreto.
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Art. 9º. Fica instituído o recall parlamentar que pode ser suscitado por um décimo dos eleitores e aprovado pela maioria simples em cada distrito, cidade, estado. 
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Art. 10. Ficam revogados os dispositivos dos §§ 2º ao 5° do art. 53 da Constituição Federal e demais dispositivos infraconstitucionais que permitiam ao congresso sustar andamento de ação contra congressista por crime ocorrido após a diplomação.
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SOBRE O PODER EXECUTIVO
Art. 11. É vedada a reeleição para o exercício seguinte de todos os ocupantes de cargos no Poder Executivo federal, estadual, distrital e municipal que passam a ter duração de mandato de cinco anos.
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Art. 12. É vedado aos Chefes do Poder Executivo indicar qualquer membro do Poder Judiciário, bem como é vedado aos Chefes do Poder Executivo a sanção ou veto de nomes de qualquer membro do Poder Judiciário da União, Estados e Distrito Federal.
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SOBRE O PODER JUDICIÁRIO
Art. 13. Fica extinto o quinto Constitucional e todas as vagas para cargos no Poder Judiciário passam a ser preenchidas exclusivamente por aprovados em concurso de provas e títulos, cujo provimento inicial se dará no cargo de juiz substituto, mantido o atual sistema de progressão por antiguidade e merecimento inclusive para os cargos de membros do Supremo Tribunal Federal.
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Art. 14. Todos os Tribunais de Contas da União, Estados e Distrito Federal passam a integrar o Poder Judiciário.
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SOBRE VENCIMENTO, REMUNERAÇÃO, SALÁRIO, PROVENTO, SUBSÍDIO, PENSÃO, MONTEPIO, MEIO-SOLDO, GRATIFICAÇÃO, ABONO E OUTROS. 
Art. 15. Os subsídios, vencimentos, remuneração, proventos da aposentadoria e pensões e quaisquer outras espécies e vantagens remuneratórias, diretas ou indiretas, adequar-se-ão, no ato da publicação deste Mandado, aos limites da Constituição Federal, não se admitindo a percepção de excesso a qualquer título, vedada a manutenção e criação de qualquer vantagem direta ou indireta não extensiva aos servidores públicos dos demais poderes da união, estados, distrito federal e municípios. .
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Art. 16. A fim de proceder aos imediatos ajustes é designada comissão especial formada por servidores dos três poderes que possui prazo de trinta dias para dar início e sessenta dias para terminar de proceder aos devidos ajustes e eventuais cortes, 

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DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 17. Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Mandado Popular e suas Instruções Normativas, bem como os respectivos efeitos.
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Art. 18. O presente Mandado Popular entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.
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Brasília, .... de ................ de 2013.
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................................................
Assinado
Presidente da República
E demais pessoas do Povo 
_______________________________________________

Cordiais saudações,
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Direito Achado na Rua (Inspirado em José Geraldo de Sousa Junior, Ex-reitor e professor da Faculdade de Direito da UnB, coordenador do projeto “O Direito Achado na Rua”)
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(SOUSA JUNIOR, José Geraldo. O Direito Achado na Rua. Curso de Extensão Universitária à Distância. Brasília. Editora Universidade de Brasília, 1987).
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sexta-feira, julho 26, 2013

LOBÃO DESABAFA: "VOCÊS NÃO SÃO DONOS DO BRASIL!"


  1. "Vocês não são donos do Brasil!"



Em seu primeiro artigo para o Mídia Sem Máscara, o cantor Lobão fala do conluio vergonhoso entre artistas militantes, o governo do PT e a Rede Globo, algo que está prejudicando centenas de outros músicos e compositores, obstruindo o debate sobre projetos de lei e sobre a ética no mercado cultural, além de permitir intervenções ainda maiores do estado nessa área.


Mais uma vez, a mesma história: deixando a grande maioria da classe artísitica fora do debate, de sua idealização e formulação, foi aprovado no Senado, à toque de caixa, em tempo recorde, o projeto de lei que altera de maneira profunda o modo de como são arrecadados os direitos autorais no Brasil.

Como ninguém me deu um telefonema, um e-mail, um sinal sequer sobre qualquer reforma, muito me assusta saber por outras fontes que o sistema de arrecadação passará a ter um órgão governamental para fiscalizar o ECAD.

Esse simples item já nos coloca numa situação um tanto pertubadora, pois o o governo nos deve mais de 1 bilhão de reais através da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) que incorpora suas rádios e tevês. Fora o fato de ainda não sabermos quantos cargos comissionados serão criados para o novo órgão (já mencionaram 200), quem irá ocupá-los e escolhê-los e quanto o governo vai mamar por essa interferência... Sem contar com a sua intrínseca inconstitucionalidade. Isso sem falar de que estamos lidando com um dos governos mais corruptos da nossa história, com uma máquina inchada, 39 ministérios inoperantes e um forte viés ideológico a guiar todas as suas deliberações.

Como achar uma boa ideia aliarmos a esse governo? Como pensar em entregar o controle do nosso patrimônio para ser fiscalizado por esse governo ou por qualquer outro? Como não ter vergonha e constrangimento em ver colegas de profissão, artistas consagrados, a beijar a mão de Renan Calheiros e posar com Dilma Rousseff, fingindo representar-nos, para atropelar todo o processo de discussão e debate de um projeto de lei que vai proporcionar mudanças imprevisíveis e de prognósticos sombrios para todos nós?

É muito difícil achar um fio da meada de transparência numa ação tão obscura e com tantas arestas suspeitas deixadas em toda essa tramóia.

Afinal de contas, quem é que sai ganhando com isso? Os principais beneficiados são os usuários (rádios, tv's, empresas de telefonia, etc.).

Eu gostaria de saber quais são os verdadeiros interesses desses artistas que estão ligados por negócios ou contratos justamente com as organizações que vão sair ganhando com esse projeto de lei.

Comecemos pelos caciques: Gilbero Gil foi ministro da Cultura, e tinha como secretário Juca Ferreira, seu substituto na pasta e atual secretário de Cultura da cidade de São Paulo. Temos um outro importante ator que é o movimento Fora do Eixo, representado por Pablo Capilé, homem de confiança de Zé Dirceu, e que foi um dos reponsáveis pela falência da ABRAFIN, uma associação de festivais independentes bancada pela Petrobrás. Ele é um dos mais cotados para dirigir o tal órgão de fiscalização criado pelo governo. O Fora do Eixo arrecadou milhões de reais pela lei Rouanet no ano passado e por coincidência, foi justamente Capilé um assíduo interlocutor e articulador desse projeto de lei com a presidente da república.

Temos também o advogado Ronaldo Lemos, da FGV e representante do Creative Commons International como autor do texto do PLS 129/12. Ele é sócio no site Overmundo com o antropólogo Hermano Vianna, colunista do Globo e um dos criadores do progarama Esquenta, apresentado por Regina Casé, que atua em campanhas publiciárias do governo. Hermano trabalhou no ministério de Cultura nos tempos de Gil & Juca.

O Creative Commons é uma organização que luta pela extinção dos direitos autorais, um prato cheio para todos os usuários - rádios, redes de tv, companhias telefônicas, sites na internet e outros.

O Fora do Eixo promove uma série de eventos culturais no país e é a plataforma de lançamento de nomes da música independente e do novo rap nacional, como Criolo e Emicida, que por outra sutil coincidência, tem como produtora Paula Lavigne, que tem negócios com a Globo Filmes, é empresária de Caetano Veloso, que é colunista no jornal O Globo e que tem suas canções executadas massivamente nas telenovelas da TV Globo. Emissora que detém um contrato de exclusividade com o rei Roberto Carlos.

A secretaria de Cultura de São Paulo, no início da gestão Juca Ferreira, acabou contratando os serviços de toda turma do movimento que encabeçou o evento "Existe Amor em SP"', chancelado pelo Fora do Eixo, que é formado por jornalistas, agitadores culturais e produtores musicais, todos cabos eleitorais de Haddad e integrantes da tropa de choque do PT na blogosfera. Todos esses arautos da propaganda governista e defensores ferrenhos dessa onda regurgitante de retropicalização da MPB apóiam apaixonadamente o tal PLS129/12.

Então, é para procurar saber? Pois bem: vamos abrir os demonstrativos de direitos autorais dos "trilheiros"que têm novelas no ar no momento? Vamos fazer um levantamento cirúrgico das novelas da Globo nos últimos anos com a participação de compositores desse grupo, ou seja, cruzar informações e focar nas parcerias dos trilheiros e outros compositores do grupo? Pois a nova lei propicia a criação de um novo cartel, um monopólio para eles, já que a máfia existe e todo mundo sabe.

Quais seriam os grande beneficiados desse projeto, já que não é qualquer mané que coloca música em novela e têm acesso aos controladores do esquema, naturalmente, todos muito ricos? Procuremos saber!

É a caixa preta das novelas que precisamos abrir! Planilhas falsificadas do tipo,"mais música do que tempo de novela".

É bem visível a presença massiva das músicas de Gil & Caetano em temas de abertura ou temas de personagens ao longo de todos esses anos de telenovela, não é verdade?Procuremos saber!

Vamos procurar saber o lucro líquido do Expresso 2222 na Bahia no ano passado? E o trabalho de Flora Gil (mulher de Gil), que é produtora e continuou em atividade mesmo enquanto ele era ministro? Procuremos saber!

E mais uma informação, só pra constar: Tim Rescala é contratado da Globo e faz as trilhas do Zorra Total... muito interessante!

Agora, quando falamos de execuções fraudulentas todo mundo despista e sai de fininho...Tentamos implementar uma lei de criminalização do "jabá", propina paga às rádios e tv's para executar músicas, lá pelos idos de 2003, mas o então ministro Gil desconversou e o projeto foi engavetado.

Um país com 99% de execuções fraudulentas, haverá necessariamente de obter um alarmante índice de arrecadações fraudulentas, não é mesmo?

Como podem perceber, fica muito difícil encontrar qualquer lógica nisso tudo. E que a coisa não cheira nada bem, não tenho a menor dúvida.

No máximo, em 15 dias a presidente assina o monstrengo e, num fim de semana, o fato será esquecido, como tantas outras mamatas.

Deixo claro à toda a opinião pública que, de agora em diante, esse grupo de artistas será responsável pela receita, pelos lares e pelas famílias de milhares de compositores e músicos que dependem diretamente desse sistema. A grande maioria anônima. E a esses colegas deixo um alerta: vocês, ao contrário do que imaginam e agem como se assim fossem, NÃO SÃO DONOS DO BRASIL."




terça-feira, julho 23, 2013

ENTREVISTA: A TÉCNICA DE COMPOR DE Ton MarMel

A RAZÃO DA EMOÇÃO

Isabell Sanches entrevista hoje Ton MarMel, jurista pós-graduado em direito público e artista visual detentor de diversos prêmios.




(NESSE VÍDEO - Os trabalhos de Ton MarMel possuem uma relação técnica muito próxima aos trabalhos que são produzidos por Robin Eley. Seu trabalho é incrível, de um hiper-realismo fantástico. Atualmente ele brinca com a pintura a óleo em texturas plásticas e metálicas utilizando basicamente a mesma técnica desenvolvida anteriormente por Ton MarMel no processo de criação e composição de obras)

(NESSE VÍDEO - Os trabalhos de Robin Eley em imagens difícil de acreditar que realmente não são fotografias. Encontramos também um vídeo que mostra como é composto seu trabalho.)

Ton Marmel fique a vontade para nos fazer conhecer um pouco de seus trabalhos. Receba as boas vindas e sinta-se querido por esse espaço que lhe és cedido.



Isabell Sanches: Onde e quando surgiu Ton Marmel?
Em verdade, Ton MarMel é abreviatura, apelido e logomarca nascida do próprio nome de registro civil “anTONio MARtins MELo” quando dos primeiros trabalhos artísticos, por necessidade de uma assinatura pessoal e identidade visual face a grande quantidade e diversidade de trabalhos que sempre se produziu, desde os primeiros anos de infância, quando se manifestaram os primeiros traços de criatividade em desenhos e pinturas detectados por professores ainda no jardim de infância.



Posteriormente, por quando do primeiro e segundo graus escolares, houveram dezenas de participações em salões de artes de âmbito local e nacional, exposições individuais e coletivas em Brasília-DF, Goiânia-GO, Rio de Janeiro-RJ, São Paulo-SP e algumas no exterior, quando os trabalhos passaram a constar de catálogos e acervos de algumas instituições, a exemplo do Instituto Cultural Itaú-SP, MAB- Museu de Arte de Brasília, BNB- Biblioteca Nacional, Congresso Nacional, embaixadas e representações diplomáticas sediadas em Brasília.



Isso, ocorreu com freqüência até época do vestibular. Na ocasião da escolha do curso superior não havia dúvida quanto ao curso acadêmico a ser cursado, que seria artes plásticas, inicialmente. Contudo, o retorno financeiro que o futuro docente de artes iria auferir no Brasil era desanimador, pois professor ganhava muito mal. Então, como a habilidade artística era algo natural, que não dependia de formação acadêmica, pois a formação acadêmica apenas iria enriquecer e acrescentar àquilo que já era natural e profissional, resolvi ingressar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo em São Paulo embalado pelos sonhos de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. 



Sucede que, como a situação econômica do país era muito instável, ao concluir o curso de arquitetura e urbanismo, a boa situação na construção civil, inicialmente, havia mudado, e um novo quadro de recessão e desânimo na construção civil se instalou e poucas eram as obras em andamento; resultando disso, o meu ingresso na Faculdade de Direito do Distrito Federal como alternativa financeira para sobrevivência mais confortável. Fatos esses que jamais afastaram ou impediram o constante exercício das artes visuais. 



Ao decidir pintar o que te inspirou?
Veja bem, eu não escolhi nem decidi pintar como algo pensado. As várias técnicas de expressão artística foram aparecendo naturalmente na medida em que trabalhava, se sucediam como novas experimentações. Minha iniciação se deu pelo desenho e o desenho trouxe à pintura; a pintura trouxe à escultura, e a escultura se manteve com meio único de expressão durante muito tempo. Posteriormente, devido a falta de espaço, facilidade de adaptação e disponibilidade de tempo, a pintura retornou, e atualmente há até investidas em cinema de animação. Mas, o meio material de expressão nunca foi único e exclusivo, ou o mais importante na arte. Aliás, o suporte, o meio material de expressão sempre foi secundário, e todos são válidos, pois o importante é o conteúdo, a mensagem, e não a mera aparência que o objeto artístico possa possuir para integrar e compor um ambiente como mais um detalhe e acessório de decoração.



Mas, o que inspirou? O que inspira? O que move-me e demove-me a utilizar meios artísticos de expressão? É uma pergunta que não tem resposta imediata. Afinal, como justificar o porquê de se gostar de “A’ e não de “B” ou de “C”?! Sem dúvida, a emoção associada a temas sociais diversos são identificações e temáticas constantes na minha produção, mas as identificações temáticas são os canais que todos temos para dar vazão ao conteúdo emocional e intelectual de alguma coisa, que foram impulsionados por alguma força, por alguma razão, e esse motivo é que não se consegue traduzir com precisão em palavras. Afinal, assim como a energia elétrica e o vento, a inspiração existe, e embora não possa ser tocada ou vista inicialmente, sabemos que existe, não duvidamos de seus efeitos, e nos beneficiamos com seus mais variados usos. 



Por outro lado, existem temas que são predominantes, que possuem minha preferência. Tais temas estão associados – como já foi dito – a questões sociais e humanitárias, voltadas ao ser humano e a vida em sua plenitude; jamais utilizei como tema figuras e formas únicas, coisas e objetos decorativos e temporais como fotografias, flores, paisagens, imagens figurativistas e acadêmicas, eis que as formas são simples meios de expressão que devem servir de meio de expressão e suporte para o intelecto e emoção, e não devem jamais serem usadas e vistas como a expressão artística principal e única, como foi a fotografia e a pintura de paisagem no passado remoto, quando a fotografia era raridade e único meio de se imortalizar a imagem de pessoas e lugares, eis que hoje se dispõe de inúmeras ferramentas de trabalho em artes muito mais precisas e ricas, tal como muitos artistas geniais empregaram no passado distante outros tantos artistas geniais para compor grandiosas obras do acervo da humanidade. 



Alguém lhe despertou para o mundo das artes?
O despertar para o universo das artes foi na infância, de parto normal, sem referências pessoais. Não houve uma indicação, uma inspiração e despertar único. Houve um nascimento para uma situação e para um universo de expressão sem dor que encontrou acolhida instintiva de minha parte e incentivo de professores em escolas depois. Mas o início não se deu em escola propriamente dita. O despertar aconteceu em desenhos feitos no chão de estacionamentos de carros e tapumes de canteiros de obras de construção civil e muros, com pedaços de tijolos, giz, gesso, carvão, pedaços e restos de madeira e papelão, coisas que primos até hoje recordam. Anos depois descobri que minha mãe e tias pintavam também, desde telas a louças e tecidos, mas nada disso posso atribuir a um despertar para o mundo das artes.



Como entende que uma obra deve ser analisada?
Quando se fala em analisar alguma coisa se faz referência expressa ao entendimento, a capacidade de compreender, raciocinar, pensar sobre alguma coisa e absorver o resultado da análise de alguma coisa. A meu ver, arte não é para ser analisada pois não se tem um roteiro e uma fórmula pronta com resultado científico inquestionável. Arte é um estado de espírito em face de uma situação proposta e concreta, e em face da situação proposta que se depara se pode gostar ou não gostar do que se infere, do que se recebe, do que se percebe, da energia que o objeto lhe transmite e inspira. Diante de uma obra de arte normalmente se tem a obra - evidente! - e quando muito se tem um título que servirá de guia, de indicativo de roteiro para se começar uma síntese pessoal, emocional e racional, do que o autor da obra pretendeu, e, de posse de pelo menos um desses dois elementos referenciais se deve partir para apreciação e deleite do objeto utilizando os sentidos da visão, tato, gustação, audição, enfim, todos os sentidos permissíveis para a interação com o objeto artístico que pode ser inclusive uma comida, pode exalar cheiro e ser palpável, deixando para o final - às vezes muito tempo depois - o saldo racional e conclusivo da análise: gosto, não gosto! Gosto porque... Não gosto porque... Entendi isso... Não entendi aquilo e nem "triquilo"! 



Crê que a arte seja dom?
Arte é dom, é vocação, é identidade pessoal como acontece com qualquer outro profissional em relação ao seu ofício e ciência. É muito mais que simples treino e repetição de técnicas com alguma qualidade de resultado. É muito mais que simples habilidade manual e facilidade de manuseio de ferramentas, tintas, cinzéis, formões e pinceis. É muito mais que trabalho eventual de final de semana para ocupar o tempo de senhores idosos e aposentados. É infinitamente mais amplo e totalmente diferente de um mero lazer e terapia ocupacional pois quem faz terapia é quem possui algum problema, quem tem alguma dificuldade clínica do tipo emocional, físico, psicológica, por recomendação de médicos psiquiatras ou psicólogos, e, muito embora existam artistas que são completamente alienados mentais, mesmo o trabalho resultante dessa alienação não é coisa de louco. Muito ao contrário. A arte não tem nada de débil mental embora algumas pessoas imaginam, e o exemplo mais clássico que se tem na história das artes visuais foi o de Vincent Van Gogh que padecia profundamente de depressão e entrava em crises vez ou outra, que num surto depressivo amputou a própria orelha, e que em outro surto mais grave, às vésperas de uma noite de Natal, suicidou-se. Portanto a arte é um estado de alerta dos sentidos, de despertar para uma sensibilidade e capacidade de compreensão mais intensos que o experimentado pela maioria das pessoas que inclusive se identificam com o objeto da arte, mas que não possuem a mesma capacidade criadora e expressiva. 



Veja bem, não estou querendo dizer com isso que hoje em dia uma simples pintura de paisagem, flores, cenas bucólicas do cotidiano não tenham beleza e não sirvam como objetos de decoração. Não é isso! Há gosto para tudo, inclusive para os saudosista da pacata vida no meio rural e campestre. Mas, em verdade, esse tipo de pintura já foi arte no passado remoto, pobre de ferramentas, meios e modos de expressão artística, e hoje não traduz e não reflete o conceito de arte. Hoje, um computador é uma ferramenta extremamente precisa em termos de linhas e que oferece uma palheta de cores jamais vistas pelo ser humano, que pode produzir resultados nunca antes imagináveis, mas jamais um computador será artista por faltar-lhe o elemento criativo, emocional, pensante e humano. Assim, um cesto artesanal de vime para flores foi arte no início dos tempos remotos, mas hoje - como dizem os feirantes – não requer muita prática e nem tão pouco habilidade.



Como resolve a tua maneira na pintura? 
O modo e meio de expressão dependem do que será abordado. Afinal, como já foi bem dito: “O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; ao contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência”. Assim, como meus temas são abstratos em termos de conceito, jamais são figurativos, a exemplo da paz, do amor, da justiça, do bem, do bom, do belo, tenho liberdade de adotar qualquer suporte e figura que melhor possa sintetizar e representar o conteúdo a ser abordado. 



Tens uma certa tela distinta da qual nunca se desfez?
De tempos em tempos costumo fazer um balanço da produção mais recente, geralmente quando vou começar uma fase de produção nova. Assim, sempre que posso costumo separar e reter para acervo pelo menos um trabalho significativo de cada série, por isso não tenho uma tela única, mas possuo vários trabalhos inclusive esculturas que compõem um acervo representativo que não compensa vender ou doar pelos mais variados motivos, como por exemplo um trabalho histórico pintado em 1988, época da Constituinte no Brasil, titulado Guernica Brasileira.



Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola, medindo 350 por 782 centímetros, foi pintado a óleo e é tratado como a pintura mais representativa do bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães. É um dos quadros que melhor transmite o desespero da guerra face a inimigo externo.



Particularmente, depois de começar a trabalhar com esculturas, que assumi a pintura, imediatamente o linearismo excessivo desse cubista maior virou-me um vício, uma verdadeira doença de difícil cura e libertação que no início deu-me muito prazer. Mas todos buscam sua grafia própria, suas características, sua identidade no mundo e eu não fugi a essa regra. Me lembro que a influência foi tanta que cheguei a pintar uma tela que titulei Guernica Brasileira (em 1988, época da Constituinte no Brasil) totalmente inspirado no quadro Guernica, inclusive com utilização de vários detalhes criados pelo Picasso; e há entre os dois trabalhos uma relação de identidade muito forte não apenas na aparência, mas no contexto e relato histórico principalmente. Guernica é a pintura-painel mais representativa do bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães do nazismo, ou seja, retrata o sofrimento e luta contra inimigos e ditaduras invasoras, externas. Guernica Brasleira - que pintei - em plena época da Constituinte no Brasil de 1988, relata a luta, o sofrimento do povo brasileiro contra os próprios brasileiros, inimigos internos do Brasil, em especial os pertencentes à classe política, face a ausência no texto da Constituição de temas de vitais importância e seriedade, tal como a corrupção que ainda assola e padecemos os seus efeitos na rabeira da história.



Em que se fundamenta quando começas a pintar? 
Veja bem, fundamentar é um verbo que se traduz em lançar fundamentos ou alicerces, firmar, assentar em bases algo que é fruto do raciocínio e nasce do pensar frio e técnico. Eu não sou pintor, nem desenhista, nem escultor, nem tão pouco artista plástico que é título genérico, dos mais genéricos que existem. Sou simplesmente artista visual. Trabalho com emoções expressas visualmente, que são traduzidas em conceitos abstratos comuns, não trabalho com imagens, com formas e figuras. Trabalho com arte conceitual e gestual. 



Para mim qualquer material, tela, madeira, escrita, papel, sons, filme, enfim, qualquer suporte que se utilize para expressão e transmissão de emoção e conceito é válido e é arte, desde que possua emoção como contexto de mensagem detectável e uma história a ser contada, e de tudo isso resulte em sensação de bem estar e beleza para deleite humano. Portanto, o fundamento é a emoção e pouco importa o veículo transmissor da emoção, se pintura, escultura, vídeo, música.



Conhece pintores autodidatas?
Se conheço artistas autodidatas, sim. Eu sou artista visual autodidata e conheço vários iguais, inclusive aqui mesmo no Facebook.



Quem você cita como seus pintores preferidos? 
Pintores propriamente ditos, não, mas artistas tais como Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Rembrandt, Salvador Dali, Picasso, Michelangelo, Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho), e centenas de outros que admiro.



Alguém lhe influenciou ao mundo das artes? 
Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Rembrandt, Salvador Dali, Picasso, Michelangelo, Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho).



Como você delibera a arte na sua vida? 
Uma vez perguntaram para Albert Einstein o que era mais importante, se a imaginação ou o conhecimento, e ele veio com a seguinte resposta: “A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação envolve o mundo.” 



Ora, se eu dissesse simplesmente que a arte para mim é vital, tal como a água é para a existência de vida humana, certamente estaria sendo simplório, e, provavelmente, haveria quem preferisse ouvir que não há serpente ou monstro odioso que, pela arte imitado, não possa agradar aos olhos; ou, ainda: que “em arte só uma coisa conta: o que não pode ser explicado”. 



Assim, como prova evidente de conceitos vários tem-se que Voltaire, em suas Sátiras, na obra O Mundano, afirmou que o paraíso é onde estou, enquanto Schiller, em seu Dom Carlos, no Ato I, afirmou que um momento vivido no paraíso não se paga caro demais com a morte. Por outro lado, Proust, no seu O Tempo Reencontrado, escreveu que os verdadeiros paraísos são os paraísos que se perderam, ao passo que Jorge Luís Borges, figura o paraíso sob a forma de uma biblioteca, enquanto Miguel Torga, em suas Penas do Purgatório, definiu o paraíso como sendo a bem-aventurança natural. Um paraíso onde se possa ir - árvores do bem e do mal, e na porta este aviso paternal: - É proibido proibir!



Portanto, cada um vê o que lhe parece conveniente e poucos sentem o quê ou quem és na realidade. Daí a despreocupação de como me pareço aos olhos dos outros. Assim, curei-me de uma afecção terrível: a de preocupar-me de como pareço aos olhos dos outros e passei tão-somente a me preocupar de como pareço diante de Deus. Afinal, as particularidades são favoráveis à virtude e à felicidade. As generalidades é que são, do ponto de vista intelectual, males necessários.



Enfim, seja como for, vale lembrar o que escreveu Unamuno em seu Diário Íntimo: “Assim como Deus pôs deleite na procriação e na nutrição para que façamos de bom grado o que não faríamos por dever, assim pôs deleite de vanglória nos trabalhos de arte e de ciência para que os executemos. Mas, assim como aquele deleite carnal, aquela concupiscência é causa de morte de muitos, assim é causa de morte este deleite espiritual, quando se nutre de soberba de espírito.” Afinal, é na arte que o homem se realiza e se ultrapassa definitivamente.


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O HIPER-REALISMO DE ROBIN ELEY



Nascido em 1978 em Londres, Inglaterra, mudou em 1997 para os Estados Unidos, e após concluir estudos em diversos institutos começou a ganhar notoriedade a partir de 2010. Robin Eley, e seu trabalho incrível, de um hiper-realismo fantástico.. Atualmente ele brinca com a pintura a óleo em texturas plásticas e metálicas utilizando basicamente a mesma técnica desenvolvida anteriormente por Ton MarMel no processo de criação e composição de obras. Em algumas imagens fica difícil de acreditar que realmente não são fotografias. Fizemos uma seleção das imagens de Eley e encontramos também um vídeo que mostra como é composto seu trabalho.  

(Aqui está um vídeo pode fornecer uma melhor ideia da técnica utilizada para compor as obras)









segunda-feira, julho 22, 2013

RENÉ MAGRITTE, UM SURREALISTA FANTÁSTICO

RENÉ MAGRITTE (René François Ghislain Magritte) foi um dos principais artistas surrealistas belgas, ao lado de Paul Delvaux. Nasceu em 21 de novembro de 1898, em Lessines, Bélgica. Faleceu em 15 de agosto de 1967,Lessines, Bélgica. Período artístico: Surrealismo. Educação: Académie des Beaux-Arts. 




Mais detalhes sobre a vida e obra consulte o site http://www.rene-magritte.org/




quinta-feira, julho 04, 2013

O SANGUE DO OTIMISTA

(O Sangue do Otimista. Pintura à óleo sobre tela. 2007. Ton MarMel)


A doutrina ou crença de alguns positivistas é de que tudo é lindo, inclusive o feio, tudo bom, especialmente o ruim, e tudo certo, se errado.

Afinal, não são nossas ideias que nos fazem otimistas ou pessimistas, mas o otimismo e o pessimismo - no pensar de Unamuno - de origem fisiológica é que fazem as nossas ideias.

(Ton MarMel)





A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM

(Trabalho pertencente ao Volume 4: A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM – do Conjunto de obras da Série NÓS, BRINQUEDOS composta de mais de 600 trabalhos executados sob técnicas diversas. (Ton MarMel))




Ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. Agora, a argila de que és feito já secou e endureceu e nada mais poderá despeitar em ti o místico adormecido ou o poeta ou o astrônomo que talvez te habitassem. (EXUPÉRY.)

A cada dia que passa, as crianças vão mais cedo à escola. As escolas, por sua vez, vangloriam-se do aceleramento de seus programas e da objetividade de seus currículos. Encurta-se a infância, a tão preciosa, a sagrada infância do ser humano, o período em que a semente brotada começa a desabrochar, vivendo um processo que a transformará em adulto.

A fragilidade desta pequena plantinha deixa-a totalmente à mercê dos que a cercam.

O homem, ao contrário dos animais, é totalmente dependente nos seus primeiros anos de vida. E esta dependência não se refere somente ao seu corpo, uma vez que também sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. O poeta, o artista, o pai, a mãe, o criminoso, o amigo, o idealista ou o traidor estão latentes na criança pequena. Depende de nós a nutrição e o cultivo destes diferentes aspectos da personalidade humana. A preocupação com a saúde da criança tem que abranger também a sua saúde emocional, caso contrário nunca chegaremos a ter adultos equilibrados, capazes de construir uma sociedade mais harmoniosa. Não basta nutrir o corpo, é preciso nutrira alma. Não basta zelar pela qualidade dos alimentos, é preciso zelar pela qualidade das oportunidades que estão sendo oferecidas à criança para desenvolver suas potencialidades.

Quanto mais cedo colocarmos a criança em situações rigidamente estruturadas e conduzidas, menos possibilidade terá ela de chegar a encontrar seu jeito de ser, sua vocação, sua afetividade.

Sua espontaneidade é comprometida pela necessidade de cumprir tarefas predeterminadas e de ter um desempenho que lhe assegure uma boa colocação dentro da escala de valores situados entre o êxito e o fracasso.

A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano, precisa ser mais considerada; o espaço lúdico da criança está merecendo maior atenção, pois é o espaço para a expressão mais genuína do ser, é o espaço do exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.



(Ton MarMel)