Quantas vezes culpamos os outros
por algumas “coisas" que deixamos de fazer na vida, sendo que, na
realidade, foi nosso próprio medo ou nossa posição confortável que nos impedira
de realizá-las. Infelizmente, não podemos mudar o passado, mas podemos mudar o
futuro. Então, esqueçamos as lamentações do passado e comecemos, a partir de
agora, a agir diferentemente e fazer as "coisas" que queremos na
vida, do jeito que as idealizamos. Ou, então, paremos de reclamar, se não
tivermos coragem.
Não somos
responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer
quando poderíamos ter feito, quando deveríamos ter feito e não fizemos muitas
vezes por havermos dado ouvidos a opinião alheia, que - como o nome já diz - é
opinião alheia, é o pensamento dos outros, segundo os interesses dos outros, a
formação dos outros, os desejos escondidos dos outros que além de não serem os
nossos pensamentos e desejos, na maioria absoluta das vezes, atenderá
simplesmente os desejos e caprichos dos outros que, na realidade, não estão
interessados no nosso bem estar, em nossa felicidade, mas que são apenas e
unicamente a vontade do outro, o interesse do outro em subjugar nossa vontade
para satisfazer a vontade alheia.
Quanto a isso,
lembro de um texto que foi abordado pelo Paulo Coelho em seu livro Maktub que é
mais ou menos o seguinte...
Numa cidade houve
uma apresentação de um balé muito famoso, internacionalmente, e fizeram uma
seleção de meninas para ganhar uma bolsa e com eles viajar e se apresentar.
Uma menina, que
sonhava ser bailarina, foi até a seleção e, chegando lá, a pessoa encarregada disse-lhe
que ela jamais seria uma bailarina. A menina voltou para casa, triste e
amargurada.
Passaram-se muitos
anos, ela casou-se, teve filhos, mas sempre foi uma pessoa muito triste, por
não ter conseguido realizar seu sonho.
Novamente o balé
voltou à cidade. Ela foi assistir à apresentação e encontrou com a mesma pessoa
que fazia a seleção, agora já um senhor. Muito amargurada, confessou-lhe:
- Por sua causa,
hoje sou infeliz!
Ele não entendeu o
porquê e ela lhe contou sua história. O senhor lhe respondeu:
- Eu não tenho
culpa de sua infelicidade, mas posso lhe afirmar que você jamais seria uma
bailarina, pois nos primeiros obstáculos você simplesmente desistiu.
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