Ao contrário do que temos lido,
acreditamos que são nossas fraquezas, nossos medos e defeitos os responsáveis
pelo nosso desenvolvimento e sucesso, desde que tenhamos conhecimento disso. Na
realidade, quando temos consciência dessas falhas lutamos para corrigi-las,
policiamo-nos para não repeti-las e com isso mudamos nossos hábitos. Por
conseguinte, uma das palavras-chaves para a felicidade e sucesso é
autoconhecimento: à medida que nos conhecemos, verdadeira e profundamente,
tornamo-nos mais e mais indulgentes, pacientes e compreensivos para com o
próximo, exatamente aquele que julgávamos (erroneamente) responsável pela nossa
infelicidade, e assumimos o papel principal em nossa vida.
A
capacidade de mudar velhos hábitos e antigas atitudes reflete nosso grau de
flexibilidade, que indica nosso nível de saúde mental. Quanto mais inflexível,
maior será o tempo de reação a situações novas, criando-nos profundos
transtornos. Agora, se formos flexíveis e não deixarmos o passado ter poder
sobre nós, mais livre nos encontraremos para perceber, digerir e responder
adequadamente à vida.
Para ter felicidade e sucesso verdadeiros, faça
quatro perguntas para si mesmo: por quê? por que não? por que não eu? por que
não agora?
MAS
AFINAL, O QUE ISSO TUDO TEM A VER COM A CONHECIDA ESTORIANHA DO PATINHO FEIO QUE
DEIXOU DE SER FEIO QUANDO GANHOU O PRÊMIO DA MEGASENA?!
SABE
DE NADA, INOCENTE!!!
Então
preste atenção nessa estorinha...
-
Vó, por que as pessoas sofrem?
-
Como é que é?
-
Por que as "pessoas grandes" vivem bravas, irritadas, sempre
preocupadas com alguma coisa?
-
Bem, minha filha, muitas vezes, porque elas foram ensinadas a viver assim
(silêncio).
-
Vó .
-
Oi .
-
Como é que as pessoas podem ser ensinadas a viver mal? Não consigo entender.
-
É que elas não percebem que foram ensinadas para ser infelizes e não conseguem
mudar, que as torna assim. Você não está entendendo, não é, meu amor?
-
Não, vovó.
-
Você lembra da historinha do Patinho Feio?
-
Lembro.
-
Então ... , o patinho se considerava feio porque era diferente de todo mundo.
Isso deixava-o muito infeliz e perturbado, tão infeliz que um dia ele resolveu
ir embora, viver sozinho. Só que o lago que ele procurou para nadar tinha
congelado e estava muito frio. Quando ele olhou para seu reflexo no lago,
percebeu que ele era, na verdade, um maravilhoso cisne. E assim se juntou aos
seus iguais e viveu feliz para sempre.
-
O que isso tem a ver com a tristeza das pessoas?
-
Bem, quando nascemos, somos separados de nossa "natureza-cisne".
Ficamos como patinhos, tentando caber no que os outros dizem que está certo.
Então, passamos muito tempo tentando virar patos.
-
É por isso que as pessoas grandes estão sempre irritadas?
-
Isso! Viu como você é esperta?!
-
Então, é só perceber que somos cisnes que tudo dá certo? (engasgou) ...
-
O que foi, vovó?
-
Na verdade, minha filha, encontrar o nosso verdadeiro espelho não é tão fácil
assim. Você lembra o que o patinho precisava fazer para se enxergar?
-
O quê?
-
Ele primeiro precisava parar de tentar ser um pato. Isso significa parar de
tentar ser quem não somos. Depois, ele aceitou ficar um tempo sozinho para se
encontrar.
-
Por isso ele passou muito frio, não é, vovó?
-
Passou frio e ficou sozinho no inverno.
-
Por isso que o papai anda tão sozinho e bravo?
-
Como é, minha filha?
-
Meu pai está sempre bravo, sempre quieto com a música e a televisão dele. Outro
dia, ele estava chorando no banheiro ... (emudeceu durante algum tempo).
Essas
crianças ...
-
Vó, o papai é um cisne que pensa que é um pato?
-
Todos nós somos, querida.
-
Ele vai descobrir quem ele é, de verdade?
-
Vai, minha filha, vai. Mas, quando estamos no inverno, não podemos desistir,
nem esperar que o espelho venha até nós. Temos que procurar ajuda até
encontrar.
-
E aí viramos cisnes?
-
Nós já somos cisnes. Apenas deixamos que o cisne venha para fora, e tenha
espaço para viver.
(A
menina deu um pulo da cadeira).
-
Aonde você vai?
-
Vou contar para o papai o cisne bonito que ele é.
E
a boa vovó apenas sorriu...
(O
PATINHO FEIO – Trabalho concebido na série de mais de 600 trabalhos, titulados
sob Nós, Brinquedos, no Volume 1, subtitulado Poeira em Alto Mar – Ton MarMel)
.
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