Muito do ceticismo público do gênero
“você chama isso de arte?” está em relação direta com o extremismo de algumas
formas de arte contemporânea, aliás, pra lá de contemporâneas, senão ridículas
e até doentias.
Mas para a geração que emergiu do final dos anos 60, a arte
podia ser feita de tudo, de qualquer evento, ideia e material.
Um artista deu instruções
por telefone aos operários de um museu para montarem uma obra sua, que o
“artista” jamais tinha visto ou tocado. Joseph Beuys passou uma semana inteira
conversando com um coiote.
Vitor Acconci esmagava batatas com a barriga e Piero
Manzoni enlatou seus próprios excrementos para expor numa galeria de art em
Nova York.
Kim Jones ganhou o apelido de “Mudman” (homem lama, depois que
perambulou pelas ruas do Soho vestindo apenas uma tanga e todo enlameado.
Julian Michel arrastou uma lona encerada presa à traseira de um jipe, para
ficar bem curtida, depois bateu uma toalha de mesa encharcada de tinta sobre o
encerado para criar uma imagem.
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