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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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segunda-feira, agosto 14, 2017

A RELATIVIDADE DA BELEZA E DA ESTÉTICA

Para definir o que é belo não há uma única resposta, pois há vários parâmetros que envolvem a questão. O que agrada a um não agrada a outro; assim, trata-se de algo muito subjetivo e profundo.


Na história, os padrões de beleza exterior nunca foram estanques. Na Grécia valorizavam as medidas proporcionais, o que talvez explique porque os gregos foram os escultores do corpo humano mais admirados. Já os quadros renascentistas retrataram a mulher de formas arredondadas e de quadris largos (a Vênus de Botticelli).

Embora cada pessoa seja absolutamente única em seu conjunto de características físicas, muitos ambicionam uma aparência específica nem sempre possível de se alcançar, e quem não se encaixa no padrão pode optar entre três saídas: assumir a própria identidade, valorizando a si, ou se render e aceitar os modelos já existentes, ou ignorar todo o padrão imposto. Qual a sua escolha?

A definição do que é belo pode ser tão controversa quanto a própria definição do que é arte. O tema não ficou fora da análise de muitos filósofos que, ao longo dos séculos, tentaram achar um conceito que melhor explicasse, e a idéia do que é belo sempre refletiu as mentalidades de cada época na sociedade.

Em um momento, o belo é associado à moral e comportamento; noutro, é a expressão de Deus e toda sua criação. Em outra ocasião, com base na proporção do corpo humano, combinado às idéias, como expressão da simetria, harmonia e proporções entre elementos representados. Depois, o belo sugere a noção de gosto, na medida em que satisfaz e produz prazer. Entretanto, a partir da inserção do termo 'estética' no vocabulário do séc. XVIII, por Baumgarten, há uma hemorragia de pensamentos filosóficos, especialmente, dos alemães sobre o significado do belo; e nisso, cita-se Baumgarten, Kant, Burke, Hegel, Solger, até chegar a Charles Darwin e Einstein.

O QUE É BELO, AFINAL?

ANTIGUIDADE CLÁSSICA (a. C) – O belo é associado ao bem, á verdade, a justiça.

IDADE MÉDIA – O belo é a manifestação de Deus.

RENASCIMENTO (Sécs. XV e XVII)) - O belo é a expressão da harmonia, matemática e simetria baseada na proporção do corpo humano.

BARROCO (Sécs. XVII e parte do XVIII) - O belo caracteriza o dinamismo da vida, certeza versus incerteza, perfeições versus imperfeições, católicos versus protestantes, metafísica versus cartesianismo. Enfim, o belo é o que tem a força ou o poder de afetar as paixões e os sentimentos, mas também o intelecto de quem observa.

ILUMINISMO E BAUMGARTEN (Séc. XVIII)) - Surge o termo "estética" como estudo da experiência sensorial que apreende o belo, uma espécie de "ciência do belo". A beleza seria determinada a partir de uma organização dos objetos, o que sugere “a formação do gosto”.

KANT – O belo está na natureza. É bela a obra que produz prazer; um prazer desprovido de conceito, um prazer das sensações. Nesse sentido a beleza é a natureza. Q filósofo falava da beleza esparsa nas cosias e aquela que ornamenta as coisas. Kant, diante das questões do gosto, diz que o belo seria a representação simbólica daquilo que é ou está correto. Nesse sentido, é um conceito ausente e uma adequação de um conceito. O belo se dá subjetivamente no processo do juízo.

BURKE – O belo estaria relacionado à satisfação, ao prazer, portanto, finito.

HEGEL – O belo é visto como a aparição sensível da idéia.

SOLGER - O “bom” é a superação das contradições, enquanto o “belo” é a união das contradições.

DARWIN E O NATURALISMO (Séc. XIX) – A beleza é fundamental para a preservação da espécie e funciona como atração para 86% dos seres humanos. Na concepção darwiniana, o belo é entendido como primordial para a preservação das espécies e a beleza funciona como atração.

ROMANTISMO E PERÍODO DA INDEPENDÊNCIA DAS COLÒNIAS (Séc. XIX) – O belo só é inteligível por meio da liberdade, da liberação das regras defendidas na escolarização, no academicismo da época. Baudelaire chega a associar o termo “belo” ao instinto.

TRANSIÇÃO ENTRE SÉCULOS XIX E XX - Os filósofos do século XIX associaram o termo belo à liberdade. Época em que surgem os "ismos" (impressionismo, expressionismo, pontilhismo, realismo e adentra o séc. XX, com o cubismo, futurismo, raionismo e dadaísmo). A relação entre beleza e arte sofre o golpe irônico de Duchamp ao colocar um bidê, uma roda de bicicleta e uma pá expostos em uma galeria como obras artísticas.

SÉCULO XX – É o período da influência da Teoria da Relatividade de Einstein, no qual até a beleza é relativa, mas não grotesca, irracional ou ofensiva, e tende a preocupação social, adotando aspectos da natureza e gl
obalização.

MARMEL




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