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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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sexta-feira, junho 14, 2019

A VELHA ARTE PÓS-MODERNA DA TIAZINHA


A arte no século 21 é tão diversificada quanto o mundo pós-Guerra Fria. Seguindo o ritmo das nações, que mudam de cor com a rapidez de camales, também a arte encontra-se num estado de fluxo. Ainda assim, há certas atitudes recorrentes, que mantêm uma freência significativa. Por exemplo: a arte dos anos noventa nada é se não for política. Instalações carregadas de textos exortam o espectador a refletir sobre temas como a epidemia de AIDS, os problemas ambientais, os sem-teto, racismo, sexo, violência, a falta de liberdade provocada pelos governos autoritários (ditaduras), o tráfico de drogas, a corrupção, o locupletamento, a exploração sexual de crianças, o trabalho infantil, o abandono dos velhos, o ultraje aos direitos fundamentais, a cena do jogo simulado de tentar colocar “classes” sociais contra “classes” sociais proletárias (do “nós” contra todos), da divisão do gênero humano entre si para que, enfraquecidos, fossem mais fáceis de serem dominados (contrariando princípios da Lei Constitucional do próprio Brasil que proíbe diferenças de tratamento por gênero, sexo, cor, idade, etc.), da hipocrisia e do cinismo político, da luta contra o aparelhamento dos órgãos do governo por grupos políticos de socialistas e comunistas numa tentativa desesperada de sair do anonimato e não assistir à missa em memória comemorativa aos mais de 100 anos de seu próprio enterro, do início do fim da implantação política da “revolução comunista permanente” que durou mais de 30 anos no Brasil e representou tudo que havia de mais retrógrado e grotesco na história da humanidade.

A Velha Arte Pós-Moderna da Tiazinha. (Foto: MarMel e Anna. (#marmel #arte #artepósmoderna #artemoderna)

Os materiais e os formatos são tão variados quanto os temas e admitem formas alternativas, como a arte performática, neros híbridos, como a arte derivada da fotografia, e continua se multiplicando. Os pós-modernistas podem afirmar que a rejeição modernista da realidade está obsoleta, mas o processo de reinvenção da arte continua inabalável.

Um conceito-chave do Modernismo esvaziado pela arte dos anos oitenta é a idéia de arte objeto, do original feito à mãos. Esperava-se que essa obra magna fosse a afirmação definitiva, o produto final do progresso gradual do artista. Esquam o progresso, diziam os s-modernistas, para quem "novo" não equivalia necessariamente a "melhor". O futuro da arte jaz mais no passado do que na imaginação individual.

Os artistas passaram a se apropriar de imagens de fontes diversas, como fizeram os artistas pop, mas recorrendo tanto à história da arte e à mitologia quanto à comunicação de massa. Combinavam imagens preexistentes com as suas próprias ou apresentavam imagens apropriadas como se fossem suas. Trilhando caminhos familiares, os artistas da apropriação buscavam anexar a força dos originais e ao mesmo tempo revelar sua força de manipulão como propaganda.

A arte deste início de século 21 viu o renascimento da pintura como uma maneira acessível de contar histórias. Nesta arte as palavras são talvez tão importantes quanto as imagens, quando textos-dencias se impõem aos freqüentadores de museus e galerias. Muito da arte puramente visual dos tempos atuais tem um falso (e até hipócrito) apelo feminista e sexista, do tipo, “A Ovelha Negra”, em que a autora dizendo-se indignada com o poder masculino e branco, trajando apenas uma calcinha e lambuzada de chocolate usou seu próprio corpo numa tentativa de denunciar a degradação da mulher enquanto “objeto”, quando na realidade essa mesma cena já foi protagonizada em um motel.

A arte nos anos atuais, assim como a vida doravante neste século 21, ainda reflete o gosto amargo, a visão turva do instável e decadente crepúsculo do século XX: Oferece mais perguntas que respostas, mais desafios que certezas.

Neste início de século, um quadro pode ser ao mesmo tempo uma escultura e um veículo: A gente pode desmontá-Io na garagem, remodelá-lo, transformá-lo, reprogramá-lo ou entrar nele e ir para algum lugar. Até o momento, a arte dos anos 2020 abrange muito além do figurativo ao abstrato, do "engraçado" ao "sério", do feito à mão ao fabricado por meios mecânicos. Mas, acima de tudo, a arte definitivamente não é mais mera tendência única de gosto duvidoso, autor e objeto imposto, de discurso acadêmico-universitário sobre sua composição descartável e momentânea, desprovida de sentidos múltiplos e fontes inesgotáveis.




Um comentário:

  1. Neste início de século, um quadro pode ser ao mesmo tempo uma escultura e um veículo: A gente pode desmontá-Io na garagem, remodelá-lo, transformá-lo, reprogramá-lo ou entrar nele e ir para algum lugar. Até o momento, a arte dos anos 2020 abrange muito além do figurativo ao abstrato, do "engraçado" ao "sério", do feito à mão ao fabricado por meios mecânicos. Mas, acima de tudo, a arte definitivamente não é mais mera tendência única de gosto duvidoso, autor e objeto imposto, de discurso acadêmico-universitário sobre sua composição descartável e momentânea, desprovida de sentidos múltiplos e fontes inesgotáveis.

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