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Bem vind@ à página de Ton MarMel (anTONio MARtins MELo), Artista Visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, recebeu vários prêmios, participou de salões de arte, exposições individuais e coletivas, e também é jurista, Advogado pós-graduado, especialista em Direito Público.

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terça-feira, março 22, 2016

PENSAR DIFERENTE

PENSAR DIFERENTE NÃO FAZ DE ALGUÉM SEU INIMIGO – "A vida não é uma pergunta a ser respondida. É um mistério a ser vivido." (Buda).


Pensar sobre política não é ruim e é interessante que as pessoas estejam participando mais da vida pública do país, conversando mais sobre os problemas que se está vivendo.

Mas participar da vida política também requer do cidadão um estômago forte, cabeça fria e coração manso, pois se deve estar racionalmente avaliando e questionando a forma como se acha melhor que o país deva ser administrado.

Ou seja, o seu interlocutor – seja ele um avatar teclando loucamente em uma rede social ou o seu melhor amigo lançando perdigotos em um debate acalorado – não é seu inimigo, em tese.

Afinal, de um modo geral, o seu interlocutor pode ser que esteja no mesmo barco e, também em tese, pode ser que compartilha com você um mesmo objetivo comum que é de uma vida melhor para todos, e não apenas para seus companheiros partidários e asseclas seguidores.

Assim, manter um mínimo de civilidade é importante, até porque o país continua depois que campanhas eleitorais terminam e que investigações são finalizadas. Além disso, o mundo não começou ontem e muito menos acabará amanhã, ao que se saiba.

Entretanto e apesar dos pesares e penares, sempre existem pessoas que parecem que não aceitam serem questionadas. Talvez, essa não aceitação, seja para afastar os medos e inseguranças sobre suas próprias convicções e crenças; e ainda existem outras pessoas que acham que exercer sua cidadania é xingar ou difamar alguém. Talvez porque aceitem tudo o que é dito a elas sem refletir ou fazer um exercício básico de lógica.

Está certo que – por acreditamos que nossos pontos de vista estão corretos – defendemos nossos pensamentos e ideias com o corpo e a alma. Mas, espera lá! Isso não os faz únicos. Afinal, uma outra pessoa pode defender que a forma mais correta de acabar com a fome, as violências, as guerras, as injustiças sejam por outros caminhos.

Além disso, é fácil encontrar respostas para questionamentos pessoais em pessoas que escrevem sob um ponto de vista totalmente diferente do seu. E, acredite, o mesmo já aconteceu para muita gente e pode acontecer com você também.

Além disso, é através desse diálogo e embate de ideias e propostas que pode sair um vetor resultante que poderá apontar para uma direção, dependendo da correlação de forças envolvidas, dos atores dedicados a isso, da aceitação dessas propostas pelo restante de uma sociedade. E não da vontade de um pequeno grupo, pois, por outro lado, toda unanimidade é burra!

Além disso, sabemos que é duro acreditar nisso, neste momento. E, pior: com as redes sociais distribuindo granadas à população para que entre em uma guerra fratricida custeada por grupos ligados ao governo, dentre outros, os conhecidos M.A.V's, que são grupos de militantes pagos (Movimentação em Ambiente Virtual) que integram grupos de militantes políticos e de polícia política na internet preparados para confundir incautos e distraídos com falsos argumentos e fontes duvidosas, criadas, inventadas.

O "MAV” — Mobilização em Ambientes Virtuais, trata-se de um grupo criado pelo PT e partidos de esquerda ligados ao governo para vigiar a internet e patrulhar as redes sociais que age, de um modo geral, do seguinte modo: Uma personalidade mais ou menos conhecida faz alguma afirmação em qualquer rede social e se algum petista ou esquerdista discordam, eles partem pra cima. O mesmo se dá no Facebook. Palavras de ordem e boçalidades contra a oposição e o jornalismo independente são replicadas em penca em centenas de sites, blogs etc. Trata-se, obviamente, de uma forma de fraudar as redes sociais.

Mas vamos discutir os argumentos que embasam as diferentes posições e não chamar o outro de canalha ou burro, direita-fascista ou esquedopata-idioticida e travar por aí uma guerra e luta de vida ou morte.

Assim, a saída para contrapor uma voz não é um xingamento e muito menos uma agressão física, mas sim outra ideia, outra tonalidade de voz e não berros ensurdecedores.

Afinal, discordo do que defendem vários colegas de profissão, mas não quero que eles sejam atacados e discriminados simplesmente por manifestarem seus pensamentos e ideias, muito embora vários deles utilizem os aparelhos de comunicação para disseminar o ódio, ideias demoníacas, distorcidas, doentias, hipócritas, antiéticas, etecétera.

Pelo contrário, desejo que se fortaleçam, bem como as vozes dissonantes a eles, de forma a contemplar devidamente o espectro ideológico, garantindo ponto e contraponto, peso e contrapeso à democracia.

Então, lembro de Voltaire, EU DISCORDO DO QUE VOCÊ DIZ, MAS DEFENDEREI ATÉ A MORTE O SEU DIREITO DE DIZÊ-LO. E, lembrando disso, também lembro aos discursantes que incitam à violência a terceiros, indo contra o que está determinado pela Constituição e demais leis, que esses terão que responder legalmente após haverem discursado, falado, publicado, escrito, divulgado, repassado em rede social, e que isso não se trata de censura, mas de respeito às leis e instituições vigentes.

Por outro lado, várias pessoas simplesmente repetem mantras que leem na internet, ouvem em bares, desde que concordem com aquilo, sem parar para pensar se aquilo é verdade ou não; ou seja, desde que isso sirva na sua matriz de interpretação do mundo! Então, retuita-se, compartilha-se, curte-se com a rapidez e facilidade de simples digitar de algumas letras e apertar de teclas através de dedos vorazes por aparecer e divulgar seus donos, mantendo-os em evidência, mesmo que essa evidente insistência em querer que sua imagem permaneça em exposição em rede social possa revelar que trata-se de uma pessoa até mesmo ignorante, estupida, imatura, pessoa a quem faz falta uma maior leitura, reflexão, equilíbrio, inteligência e muito mais adjetivos positivos.

É um tal de nós contra eles cego, de vermelhos contra verdes-amarelos que utiliza técnica de desumanização, tornando esse outro uma coisa sem sentimentos.

É mais fácil pensar de forma binária, preto no branco, os de lá, os de cá. “Ah, mas você faz isso!'' Muitos de nós, em alguma medida, já fizeram e fazem ainda, infelizmente. Mas é como percebemos isso e atuamos para mudar nossas atitudes que realmente conta. Afinal, ninguém nasce pronto e acabado.

Pois, caso contrário, a vida vai ficando mais pobre, paramos de evoluir como humanidade. Do outro lado sempre estará um monstro e do lado de cá os santos. Isso sem contar a impossibilidade de apreciar tudo o que o outro tem de melhor.

Assim, deixo a sugestão de que se busque a tolerância no diálogo, mesmo que firme e duro, e se perguntem, a todo o momento, se as informações e fontes que usam são confiáveis e fazem sentido, uma vez que nossa natureza não é de certezas e sim de dúvidas e falhas que só poderão ser melhor percebidas no tempo histórico.

NAMASTÉ




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