Bem-vind@ à página artística de anTONio MARtins MELo (TON MARMEL, MARTMEL e TONMARMEL), artista visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a faculdade de Arquitetura e Urbanismo e faculdade de Direito, recebeu vários prêmios, participou de salões de artes, exposições individuais, coletivas e que também é advogado pós-graduado em Direito Público. Curriculo oficial na plataforma Lattes - CNPQ, governo do Brasil, https://lattes.cnpq.br/0798690696791139
Esta crônica não é sobre as declarações de Gentil Martins.
Não penso que a homossexualidade seja uma anomalia, nem sequer entro nessa discussão.
Essa crônica é sobre uma verdadeira anomalia: a anomalia politicamente
correta que nos rouba uma parte de nossa identidade: A de sermos homens ou
mulheres.
O disparate chegou de onde menos se esperaria: Londres. No metrô deixou de
haver “senhoras e senhores”. Passou tudo a ser tratado como simples “hello
everybody”; uma espécie de “olá malta”.
Mas há pior. No Canadá um pai conseguiu que o Estado não indicasse o sexo
do filho no documento de identidade. Por que? Para, disse ele, não limitar suas
escolhas baseado apenas no exame dos órgãos genitais”. O pai decidiu, e o
Estado aceitou, que a criança não fosse menino ou menina.
Quando se chega a esse ponto já se ultrapassaram os limites da razoabilidade.
É tempo de afirmar, com toda clareza, que uma coisa é o sexo com que nascemos.
Outra coisa, bem diferente, são as preferências sexuais que mais tarde
descobrimos.
Somos do sexo masculino se tivermos um cromossoma Y
e um cromossoma X. Somos do sexo feminino se tivermos dois cromossomas X.
É esse o ponto de partida, não tem de ser de
chegada.
Esse ponto de partida não tira direitos de ninguém. Fazê-lo desaparecer é,
pois, uma violação da nossa identidade.
Sermos homens ou mulheres não é uma construção
cultural: É UMA CONSEQUÊNCIA DA NOSSA BIOLOGIA.
Ao longo de milhares de milhões de anos a natureza desenvolveu a reprodução
SEXUADA pois ela é indispensável à evolução de organismos complexos. Existirem dois sexos é uma consequência da
evolução das espécies. Negar essa identidade é tão analfabeto como negar a
evolução.
A defesa dos direitos de todas as tendências sexuais não se faz acabando
como os sexos e substituindo-os por gêneros.
A defesa das minorias não se faz tratando todos por malta em vez de usar
uma solução clássica e bem educada.
Homossexualidade não é uma anomalia.
Anomalia é querer escravizar todos a uma ideologia
de gênero que pretende esvaziar-nos de uma parte de nossa identidade como
homens ou como mulheres, incluindo-nos como gays ou como lésbicas.
Perdoe-me, pois, a nova polícia dos costumes e da linguagem: Eu tenho sexo.
Mas ninguém tem nada a ver com o meu gênero.
(Opinião de José Manuel Fernandes)
PS.: De acordo com o dicionário Priberam, a palavra MALTA é entendida como “de
origem duvidosa”
A ABDUÇÃO é uma das três formas canônicas
de inferência para estabelecer hipóteses científicas. As outras duas são a
indução e a dedução.
A intuição pode ser o ponto de chegada, a conclusão
de um processo de conhecimento, e pode também ser o ponto de partida de um processo
cognitivo. O processo de conhecimento, seja o que chega a uma intuição, seja o
que parte dela, constitui a razão discursiva ou o raciocínio.
Ao contrário da intuição, o raciocínio é o
conhecimento que exige provas e demonstrações e se realiza igualmente por meio
de provas e demonstrações das verdades que estão sendo conhecidas ou
investigadas. Não é um ato intelectual, mas são vários atos intelectuais
internamente ligados ou conectados, formando um processo de conhecimento.
Um caçador sai pela manhã em busca da caça. Entra
no mato e vê rastros: choveu na véspera e há pegadas no chão; pequenos galhos
rasteiros estão quebrados; o capim está amassado em vários pontos; a carcaça de
um bicho está à mostra, indicando que foi devorado há poucas horas; há um
grande silêncio no ar, não há canto de pássaros, não há ruídos de pequenos
animais.
O caçador supõe que haja uma onça por perto. Ele
pode, então, tomar duas atitudes. Se, por todas as experiências anteriores,
tiver certeza de que a onça está nas imediações, pode preparar-se para
enfrentá-la: sabe que caminhos evitar, se não estiver em condições de caçá-la;
sabe que armadilhas armar, se estiver pronto para capturá-la; sabe como
atraí-la, se quiser conservá-la viva e preservar a espécie.
O caçador pode ainda estar sem muita certeza se há
ou não uma onça nos arredores e, nesse caso, tomará uma série de atitudes para
verificar a presença ou ausência do felino: pode percorrer trilhas que sabem
serem próprias de onças; pode examinar melhor as pegadas e o tipo de animal que
foi devorado; pode comparar, em sua memória, outras situações nas quais esteve
presente uma onça, etc.
Assim, partindo de indícios, o caçador raciocina
para chegar a uma conclusão e tomar uma decisão. Temos aí um exercício de
raciocínio empírico e prático (isto é, um pensamento que visa a uma ação) e que
se assemelha à intuição sensível ou empírica, isto é, caracteriza-se pela
singularidade ou individualidade do sujeito e do objeto do conhecimento.
Quando, porém, um raciocínio se realiza em condições
tais que a individualidade psicológica do sujeito e a singularidade do objeto
são substituídas por critérios de generalidade e universalidade, temos a dedução,
a indução e a abdução.
A dedução
Dedução e indução são procedimentos
racionais que nos levam do já conhecido ao ainda não conhecido, isto é,
permitem que adquiramos conhecimentos novos graças a conhecimentos já
adquiridos. Por isso, se costuma dizer que, no raciocínio, o intelecto opera
seguindo cadeias de razõesou os nexos e conexões internos e
necessários entre as idéias ou entre os fatos.
A dedução consiste em partir de
uma verdade já conhecida (seja por intuição, seja por uma demonstração
anterior) e que funciona como um princípio geral ao qual se subordinam todos os
casos que serão demonstrados a partir dela. Em outras palavras, na dedução
parte-se de uma verdade já conhecida para demonstrar que ela se aplica a todos
os casos particulares iguais. Por isso também se diz que a dedução vai do geral
ao particular ou do universal ao individual. O ponto de partida de uma dedução
é ou uma idéia verdadeira ou uma teoria verdadeira.
Por exemplo, se definirmos o triângulo como uma
figura geométrica cujos lados somados são iguais à soma de dois ângulos retos,
dela deduziremos todas as propriedades de todos os triângulos possíveis. Se
tomarmos como ponto de partida as definições geométricas do ponto, da linha, da
superfície e da figura, deduziremos todas as figuras geométricas possíveis.
No caso de uma teoria, a dedução permitirá que cada
caso particular encontrado seja conhecido, demonstrando que a ele se aplicam
todas as leis, regras e verdades da teoria. Por exemplo, estabelecida a verdade
da teoria física de Newton, sabemos que: 1) as leis da física são relações
dinâmicas de tipo mecânico, isto é, se referem à relações de força (ação e
reação) entre corpos dotados de figura, massa e grandeza; 2) os fenômenos
físicos ocorrem no espaço e no tempo; 3) conhecidas as leis iniciais de um
conjunto ou de um sistema de fenômenos, poderemos prever os atos que ocorrerão
nesse conjunto e nesse sistema.
Assim, se eu quiser conhecer um ato físico
particular - por exemplo, o que acontecerá com o corpo lançado no espaço por
uma nave espacial, ou qual a velocidade de um projétil lançado de um submarino
para atingir um alvo num tempo determinado, ou qual é o tempo e a velocidade
para um certo astro realizar um movimento de rotação em torno de seu eixo -,
aplicarei a esses casos particulares as leis gerais da física newtoniana e
saberei com certeza a resposta verdadeira.
A dedução é um procedimento pelo qual um fato ou
objeto particulares são conhecidos por inclusão numa teoria
geral.
Costuma-se representar a dedução pela seguinte
fórmula:
Todos os x são y (definição
ou teoria geral);
A é x (caso particular);
Portanto, A é y (dedução).
Exemplos:
1.
Todos os homens (x) são mortais (y);
Sócrates (A) é homem (x);
Portanto, Sócrates (A) é mortal (y).
2.
Todos os metais (x) são bons condutores de
eletricidade (y);
O mercúrio (A) é um metal (x);
Portanto, o mercúrio (A) é bom condutor de
eletricidade (y).
A razão oferece regras especiais para realizar uma
dedução e, se tais regras não forem respeitadas, a dedução será considerada
falsa.
A indução
A indução realiza um caminho
exatamente contrário ao da dedução. Com a indução, partimos de casos
particulares iguais ou semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral
ou a teoria geral que explica e subordina todos esses casos particulares. A
definição ou a teoria são obtidas no ponto final do percurso. E a razão também
oferece um conjunto de regras precisas para guiar a indução; se tais regras não
forem respeitadas, a indução será considerada falsa.
Por exemplo, colocamos água no fogo e observamos
que ela ferve e se transforma em vapor; colocamos leite no fogo e vemos também
que ele se transforma em vapor; colocamos vários tipos de líquidos no fogo e
vemos sempre sua transformação em vapor. Induzimos desses casos particulares
que o fogo possui uma propriedade que produz a evaporação dos líquidos. Essa
propriedade é o calor.
Verificamos, porém, que os diferentes líquidos não
evaporam sempre na mesma velocidade; cada um deles, portanto, deve ter
propriedades específicas que os fazem evaporar em velocidades diferentes.
Descobrimos, porém, que a velocidade da evaporação não é o fato a ser observado
e sim quanto de calor cada líquido precisa para começar a evaporar. Se
considerarmos a água nosso padrão de medida, diremos que ela ferve e começa a
evaporar a partir de uma certa quantidade de calor e que é essa quantidade de
calor que precisa ser conhecida. Podemos, a seguir, verificar um fenômeno
diferente. Vemos que água e outros líquidos, colocados num refrigerador,
endurecem e se congelam, mas que, como no caso do vapor, cada líquido se
congela ou se solidifica em velocidades diferentes. Procuramos, novamente, a
causa dessa diferença de velocidade e descobrimos que depende tanto de certas
propriedades de cada líquido quanto da quantidade de frio que há no
refrigerador. Percebemos, finalmente, que é essa quantidade que devemos
procurar.
Com essas duas séries de fatos (vapor e
congelamento), descobrimos que os estados dos líquidos variam (evaporação e
solidificação) em decorrência da temperatura ambiente (calor e frio) e que cada
líquido atinge o ponto de evaporação ou de solidificação em temperaturas
diferentes. Com esses dados podemos formular uma teoria da relação entre os
estados da matéria - sólido, líquido e gasoso - e as variações de temperatura,
estabelecendo uma relação necessária entre o estado de um corpo e a temperatura
ambiente. Chegamos, por indução, a uma teoria.
A dedução e a indução são conhecidas com o nome
de inferência, isto é, concluir alguma coisa a partir de outra já
conhecida. Na dedução, dado X, infiro (concluo) a, b, c, d.
Na indução, dados a, b, c, d,
infiro (concluo) X.
A abdução
O filósofo inglês Peirce considera que, além da
dedução e da indução, a razão discursiva ou raciocínio também se realiza numa
terceira modalidade de inferência, embora esta não seja propriamente
demonstrativa. Essa terceira modalidade é chamada por ele de abdução.
A abdução é uma espécie de intuição, mas que não se
dá de uma só vez, indo passo a passo para chegar a uma conclusão. A abdução é a
busca de uma conclusão pela interpretação racional de sinais, de indícios, de signos.
O exemplo mais simples oferecido por Peirce para explicar o que seja a abdução
são os contos policiais, o modo como os detetives vão coletando indícios ou
sinais e formando uma teoria para o caso que investigam.
Segundo Peirce, a abdução é a forma que a razão
possui quando inicia o estudo de um novo campo científico que ainda não havia
sido abordado. Ela se aproxima da intuição do artista e da adivinhação do
detetive, que, antes de iniciarem seus trabalhos, só contam com alguns sinais
que indicam pistas a seguir. Os historiadores costumam usar a abdução.
De modo geral, diz-se que a indução e a abdução são
procedimentos racionais que empregamos para a aquisição de
conhecimentos, enquanto a dedução é o procedimento racional que empregamos
para verificar ou comprovar a verdade de um
conhecimento já adquirido.
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São
Paulo: Ed. Ática, 2000.
(Filmado nas instalações do Centro Cultural do Banco do Brasil
de Belo Horizonte durante exposição O CORPO É A CASA, de Erwin Wurm).
Se você
ainda pensa que o inferno é um LUGAR que só existe fora desse mundo, precisa rever seus conceitos.
O que é o Inferno? (Ton MarMel)
O Inferno é o ciclo repetitivo dos mesmos erros e
retornos cármicos, sejam eles eternos ou não. Seus maiores sinais são: dor,
medo, infelicidade, ódio.
Inferno
é um estado de sofrimento repetitivo: mental, espiritual, etérico, astral e até
físico. Ele consome a energia vital, a vontade e a alegria. Um vício do qual se quer
livrar-se mas não se consegue, e as vezes nem se tenta porque apesar de mau que
esse estado gera, ele também produz uma zona de conforto e prazer doentio.
Um relacionamento que faz mal, que não muda, mas que se
continua vivendo nele insistentemente e persistentemente porque se pensa –ilusoriamente-
que um dia esse relacionamento mudará.
Situações que se sabe que se deveria sair, mas que se deixa ficar
ou levar por omissão, preguiça, medo.
Não cumprir uma obrigação, um dever, que se sabe que deveria
fazer, mas não se tem coragem nem determinação para realizar: desrespeitar o
livre arbítrio de outro impondo o que EU quero ou penso, porque assim será o
retorno; escravidão às ideias e desejos de outros.
Não importa se for imposição sexual, financeira ou opinativa,
pela força ou fraqueza.
Apego desmedido à pessoas ou situações.
Isso pode trazer muito sofrimento, descontrole, raiva e
infelicidade. Pode ser com família, relacionamentos, amigos, colegas ou coisas.
Deixar o medo vencer e se paralisar, seja por qualquer
desculpa ou argumento.
Deixar o ódio ser mais forte que o perdão.
O inferno não está lá, do outro lado da vida, ele transpassa
mundos, assim como o paraíso.