Bem-vind@ à página artística de anTONio MARtins MELo (TON MARMEL, MarMel, MARTMEL, TONMARMEL), artista visual que desde infante manifestou talento para pintura, desenho, escultura, frequentou a faculdade de Arquitetura e Urbanismo, é Advogado pós-graduado, recebeu vários prêmios, participou de salões de artes, exposições individuais, coletivas, possui Currículo oficial na plataforma Lattes - CNPQ do governo do Brasil, https://lattes.cnpq.br/0798690696791139
Um troféu
é um prêmio, insígnia ou objeto que simboliza uma vitória, conquista ou
reconhecimento de mérito, geralmente em competições esportivas ou eventos
comemorativos. Pode ser uma taça, estátua, medalha, ou qualquer outro objeto
que represente a celebração da vitória.
Troféus são objetos que são dados como recompensa
ou lembrança de uma vitória, sejam em esportes, competições, ou outras
atividades.
Reconhecimento
do mérito:
Eles
podem ser dados para reconhecer conquistas individuais ou de equipe, como por
exemplo, um troféu de melhor jogador de um torneio.
Significado
histórico:
No
passado, os troféus eram frequentemente relacionados à guerra, com objetos como
armas e outros despojos de guerra sendo exibidos como símbolo de vitória.
Formas
variadas:
Os
troféus podem ter diferentes formas e materiais, dependendo do evento ou do
objetivo do prêmio.
Significado
cultural:
Troféus
podem ter um significado cultural específico, dependendo do contexto em que são
dados, podendo ser um símbolo de orgulho e tradição.
Diferença
entre troféu e medalha:
Enquanto
o troféu é um objeto único, a medalha pode ser um símbolo de reconhecimento em
vários níveis, como ouro, prata ou bronze, indicando diferentes colocações em
uma competição.
·
Em
resumo, um troféu é um prêmio que celebra uma conquista, seja ela uma vitória
esportiva, um reconhecimento de mérito ou um símbolo de celebração em eventos
especiais.
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SER
OU TER
A questão
de "ser ou ter" é um conceito filosófico e psicológico que explora a
diferença entre a busca por bens materiais (ter) e a busca por um estado de
ser, uma identidade, e um significado (ser). A obra "Ter ou Ser?" de
Erich Fromm é um exemplo de análise profunda deste tema.
Exploração
do Conceito:
Ter:
Refere-se à posse de objetos,
bens materiais, e a experiência de ter algo como parte de um estado de posse, o
que pode levar a relacionamentos possessivos e a uma sensação de
dependência.
Ser:
Relaciona-se
com a experiência de ser uma pessoa, com a autoconsciência, a capacidade de
amar e de criar, e a busca por uma identidade autêntica.
O impacto
de "Ter ou Ser":
A
busca excessiva pelo "ter" pode levar a um sentimento de
insatisfação e a uma busca constante por mais, enquanto o "ser"
promove uma sensação de plenitude e significado, mesmo sem a necessidade
de grandes conquistas materiais.
O
"ser" pode ser visto como uma forma mais duradoura de existência,
enquanto o "ter" é algo que pode ser perdido ou temporário.
A
busca pelo "ser" pode levar a uma maior capacidade de conexão com os
outros e a uma maior experiência de vida.
Em
resumo:
"Ser"
é sobre a essência, a identidade, a autoconsciência e a capacidade de criar,
enquanto "ter" é sobre a posse de bens e a experiência de ter algo
que se possa controlar. A busca pelo equilíbrio entre "ser" e
"ter" é essencial para uma vida mais plena e significativa.
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TEÚDA
E MANTEÚDA
"Teúda
e manteúda" é uma expressão arcaica em português que se refere a alguém
que é "tida e mantida", ou seja, que é sustentada financeiramente e
não tem responsabilidade de prover para si mesma. Em outras palavras, é alguém
que é amasiada ou que vive como amante e é sustentada por um homem.
Explicação:
Teúda:
Significa "tida", no
sentido de ser considerada, ou ter como seu estado atual, especialmente em um
contexto de relacionamento amasiado.
Manteúda:
Significa "mantida", no
sentido de ser sustentada financeiramente por outro.
A
expressão "teúda e manteúda" é frequentemente usada para descrever a
situação de uma mulher que vive com um homem e é sustentada por ele, sem
trabalhar ou contribuir financeiramente.
Exemplos:
"Ela
era teúda e manteúda pelo seu amante, vivendo sem preocupações
financeiras."
"A
personagem da história é descrita como uma mulher teúda e manteúda por um
homem rico."
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ROTINA
DA MULHER TROFÉU
Esposa
Troféu não é aquela que está contigo só porque você banca tudo e deixa ela em
casa sem fazer nada, o nome disso é esposa produto. A verdadeira esposa troféu
tem virtudes, princípios sólidos e permanece contigo independente das
circunstâncias. Ela fornece sabedoria e apoio emocional fortalecendo a união do
casal em qualquer adversidade.
Esse é o
valor genuíno de uma esposa troféu. Muito diferente da esposa produto, que
tem preço, não valor, e é encontrada em qualquer esquina e é arrematada por
quem paga mais caro. A esposa produto não é fiel a você, mas sim ao seu
patrimônio, e o que ela oferece na relação rapidamente passa da validade,
porque seu principal ativo se desgasta com tempo e sai com água e sabão.
Agora
uma esposa troféu de verdade, com caráter, lealdade e cumplicidade, meu amigo,
isso não tem prazo de validade.
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Esposa troféu': viral do TikTok esconde dramas da realidade da mulher
Em 2024, é possível que em algum momento você tenha
se deparado com o termo "esposa troféu" nas redes sociais. Essa
expressão ganhou força no Brasil após algumas influenciadoras começarem a compartilhar
a rotina, clamando pelo pertencimento a esta categoria de estilo de vida.
Na teoria, uma "esposa troféu" é aquela
mulher que, no relacionamento, tem o papel importante de fazer o casal ser
bem-visto perante a sociedade. Diante do contexto das relações heterossexuais,
o "troféu" da expressão faz referência direta ao homem.
Esposa "troféu" de
quem? Do homem vitorioso!
Na
dinâmica que viralizou nas redes sociais, os papéis de gênero são bem
estabelecidos, sem dúvidas sobre as tarefas da mulher: manter a aparência
impecável, atender aos padrões de beleza mais exigentes e cultivar boas
relações sociais, afinal, o troféu precisa ser exibido.
Nas
declarações das próprias mulheres que são adeptas do comportamento, fica claro
que, além do casal, outro fator de grande relevância no relacionamento é o
dinheiro.
A verdadeira "esposa troféu" não
trabalha, não precisa fazer as tarefas domésticas, tem tempo livre para se
dedicar a atividades como academia, ioga e outras que lhe garantirão a boa
forma, além de vestir roupas de grife, ser cliente frequente de salões de
beleza e desfrutar do alto padrão de vida.
Na sociedade capitalista, manter uma "esposa
troféu" exige um custo alto que pode atingir níveis bilionários. É com a
promessa de luxo e conforto que esse estilo de vida está chamando cada vez mais
atenção e atraindo mulheres jovens, principalmente.
"Me julguem, mas é meu sonho", "só
queria ser uma esposa troféu", "Deus, por favor, faça esse milagre na
minha vida" são alguns dos comentários em publicações no TikTok sobre o
tema.
O homem
'red pill'
Enquanto
o estilo de vida da "esposa troféu" desperta cada vez mais a
curiosidade, também emergem nas redes sociais discursos que visam captar a
atenção masculina. Nos últimos anos, o termo "red pill" entrou nas
discussões sobre gênero e relacionamento.
Referência ao filme "Matrix" (1999), o
termo é utilizado por movimentos que defendem a masculinidade dominante. Nesse
contexto, homens buscam resgatar tradições patriarcais e conservadoras,
acreditando que o sucesso financeiro é essencial para se tornarem dominadores.
Para eles, um homem vitorioso deve exibir seu triunfo através de símbolos
sociais como casamento, carreira e família.
O movimento "red pill" e o estilo de vida
da "esposa troféu" estão diretamente conectados, pois ambos resgatam
valores patriarcais, diferenças de gênero e promovem elementos conservadores do
matrimônio.
Dramas
reais, discursos ilusórios
Não ter compromisso com afazeres domésticos, não
precisar trabalhar e, mesmo assim, desfrutar de um alto padrão de vida pode
parecer um sonho para muitas. No entanto, ser uma 'esposa troféu' não garante
que isso seja facilmente alcançado.
Após a viralização do tema, especialistas e outras
influenciadoras começaram a alertar sobre as condições não mencionadas nos
vídeos. A realidade é que poucas mulheres realmente usufruem da vida de uma
esposa troféu. Nas redes sociais, falta esclarecimento sobre esse estilo de
vida e a realidade de ser uma dona de casa não remunerada.
Claudia
Petry, pedagoga especialista em sexologia, analisa que o discurso da
"esposa troféu" perpetua a ideia de que a valorização da mulher está
diretamente ligada ao seu valor material e ao seu relacionamento com um homem
rico.
"Isso
diminui a autonomia e a liberdade de escolha das mulheres, colocando-as em uma
posição de dependência econômica e emocional em relação aos parceiros. Esse
discurso reforça estereótipos de gênero, sugerindo que as mulheres devem buscar
segurança financeira e status social por meio do casamento, em vez de buscar
sua própria realização pessoal e profissional".
Ela
também relaciona o estilo de vida com a questão da dependência emocional e os
problemas que isso pode causar. "Esse tipo de relacionamento pode ser
abusivo, pois a dependência financeira pode deixar as mulheres vulneráveis à
manipulação, controle e violência por parte do parceiro. Elas podem se sentir
presas em um relacionamento tóxico, onde são silenciadas e não têm liberdade de
expressar suas opiniões, tomar suas próprias decisões ou buscar a felicidade
individualmente".
Claudia
Petry ainda traz a reflexão acerca da mulher troféu estar alinhada com os
padrões de beleza. "Quando a mulher envelhece ou não corresponde mais aos
padrões, ou ao desejo sexual estabelecido, ela pode enfrentar o risco de ser
rejeitada ou substituída por uma mulher mais jovem, ou considerada mais
atraente. Isso leva a um sentimento de desvalorização e perda de autoestima, em
que a mulher pode se sentir sem valor fora do contexto da aparência
física", analisa.
Uma
pesquisa de 2013 realizada pelo DataSenado revelou que 46% das mulheres vítimas
de violência doméstica não denunciam o agressor às autoridades devido à
dependência financeira do parceiro. Esse motivo foi o segundo mais citado,
ficando atrás apenas do 'medo do agressor' e à frente da 'preocupação com a
criação dos filhos'. Ser uma esposa troféu pode tornar esse receio ainda mais
real.
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Esposa troféu: como a onda do retrocesso se espalha
pelas redes
Multiplicam-se
os vídeos de mulheres que glorificam a vida dedicada exclusivamente ao lar ou
só a aparecer, toda linda, ao lado do marido
À MODA
ANTIGA - Dona de casa do passado: moldada para cuidar da casa (iStock/Getty
Images)
Quando,
em meados do século passado, a mulher deixou de ser unicamente dona de casa e
integrou-se de vez a...
Quando,
em meados do século passado, a mulher deixou de ser unicamente dona de casa e
integrou-se de vez ao mercado de trabalho, imaginou-se ser este um caminho sem
volta, por liberá-las da dependência dos maridos e lhes permitir sentir o gosto
inédito da liberdade de escolha. De fato, as mulheres nunca mais foram as
mesmas. Mas, em tempos de redes sociais, com sua ânsia inesgotável por novidade
e capacidade de agregar simpatizantes de tudo o que é causa, uma onda de
retrocesso se pôs em marcha. Embaladas nela, senhoras de todas as idades se
propõem a retomar o ideário conjugal dos anos 1950, dedicação em tempo integral
ao marido, aos filhos e aos afazeres domésticos — uma marcha à ré estampada na
hashtag #tradwife (esposa tradicional), que conta atualmente com mais de 30 000
publicações. Espelhadas na canadense Cynthia Loewen, uma ex-miss que desistiu
da medicina e mantém desde 2019 um canal no YouTube, em que exibe sua rotina de
se embonecar, limpar a casa, cozinhar e cuidar dos dois filhos pequenos,
tradwives no Brasil e no exterior utilizam os meios digitais para exaltar um
modo de vida frequentemente aliado ao discurso de respeito à religião cristã e
de submissão à liderança masculina.
A gaúcha
Luiza Maciel, de 27 anos, era confeiteira quando decidiu se casar e se dedicar
exclusivamente ao lar, no ano passado — um projeto de vida executado por
iniciativa dela, diga-se. “Quando começamos nosso relacionamento, eu já sabia
que queria ser uma dona de casa. Meu marido, que vem de uma família com valores
tradicionais, gostou da ideia”, relata Luiza. “Meu maior sonho era ser mãe, e
seguir esse modelo foi conveniente para mim”, acrescenta. A historiadora da
Unicamp Gabriela Trevisan chama atenção para um fator incômodo nessa volta ao
passado: a tendência a julgar negativamente aquelas que não seguem o mesmo
caminho. “O discurso da dona de casa é questionado pela modernidade. Mas a
repercussão desses vídeos coloca a opção como algo inquestionável,
irrepreensível tanto no âmbito moral quanto no religioso”, alerta.
Uma
variação das tradwives tende a glorificar um conceito ainda mais extremo: as
trophy wives, esposas bonitas e bem cuidadas cuja única obrigação é fazer boa
figura ao lado do marido rico e poderoso. A expressão, que sempre teve caráter
pejorativo, comparece devidamente reabilitada em vídeos nas redes sociais,
compondo uma hashtag que congrega quase 40 000 publicações. “A popularização
das mídias sociais e a cultura dos influenciadores e subcelebridades deram
maior visibilidade a casais que exibem um estilo de vida luxuoso e desejado por
outras pessoas”, destaca a psicóloga Juliane Callegaro Borsa, da UFRGS. “Essa
forma de relacionamento estimula a dinâmica na qual a mulher oferece beleza e
juventude e recebe em troca segurança financeira e status social.”
Para a
catarinense Iasmyn Bernardes, 27 anos, a decisão de parar de trabalhar e
abandonar os estudos se justificou pela necessidade de acompanhar o marido,
cantor de música sertaneja que precisou se mudar para Goiânia. Iasmyn encara a
nova vida como um investimento em si mesma. “Durante a semana minha rotina é ir
para a academia, preparar de vez em quando um jantar e cuidar das nossas redes
sociais”, explica. “Foi uma decisão minha ter esse estilo de vida. Se a gente
vier a se separar, eu volto a trabalhar. Não me preocupo”, afirma. Esse tipo de
discurso é comum entre as esposas assumidamente troféus que qualificam a
escolha como uma forma de empoderamento, quando muitas vezes ela é o oposto
disso: desprovidas de recursos financeiros próprios, elas acabam presas a um
casamento infeliz por falta de alternativa. “Quem domina o dinheiro tem mais
poder na relação, e se o homem mudar de ideia a mulher fica vulnerável,
desamparada”, explica Denise Figueiredo, especialista em terapia de casal.
O papel
de “esposa troféu”, como se sabe, pode ser complexo. A advogada Iara Sanny
deixou a faculdade quando se casou, atrelou sua vida à do marido e se
arrependeu. “Passava o tempo cuidando de mim fifisicamente e acompanhando ele nos
eventos”, conta. Com o tempo, cansou-se do papel e resolveu voltar a estudar, e
os desentendimentos se acumularam. “Ele não gostou, mas quando comecei a buscar
minha independência, não voltei mais atrás”, diz Iara, que se separou e
precisou cuidar sozinha do filho. Como se vê, reverter conquistas pode até ser
divertido por um tempo. Mas, a longo prazo, a maioria das mulheres prefere
mesmo é ter uma relação de igualdade e respeito mútuo dentro de casa.
PROPOSTA -
Existe uma dor que o homem carrega solitariamente: a de haver sido deixado,
largado ou abandonado por uma mulher, mesmo quando a amou com todas as suas forças
e lutou pela pessoa amada; mesmo quando fez tudo pela mulher amada, mesmo
quando não cometeu nada de errado que o desmerecesse ou desabonasse sua
conduta, seu amor; mesmo quando foi sincero, fiel, leal, bom carácter,
respeitoso, honesto, trabalhador, dedicado, educado, culto, atencioso, amoroso,
fervoroso bom de cama, carinhoso, bom namorado ou bom esposo, bom pai, bom
companheiro.
A VERDADE SOBRE MULHERES QUE POUCOS HOMENS CONHECEM (Recordando Schopenhauer por Ton MarMel)
Neste artigo analisou-se essa situação sob a luz do
pensamento do famoso filósofo polonês, Arthur Schopenhauer, e,
mais especificamente, explorou-se o famoso ensaio SOBRE AS MULHERES(Über die Weiber) onde ele
expressou ideias e a psicologia masculina de seu tempo (1788
– 1860) que, coincidentemente, se reflete na conduta das mulheres atualmente,
em pleno século 21 (XXI).
Assim,
explorou-se o fato de como a rejeição pode ser transformada em força para
impulsionar mudanças comportamentais, levando homens a sair do ciclo da
comparação e da carência, após haverem perdido sua essência e razão de vida na
tentativa de provar seus valores para quem os deixou.
Sem
dúvida eis uma reflexão densa e necessária sobre o que homens sentem, sobre um
dos principais motivos pelos quais homens também choram silenciosamente sem
entender o que acontece, inclusive porque também foram educados sob a máxima de
que “homem não chora”.
(Caso você prefira ouvir este texto basta clicar no vídeo e acompanhar a leitura)
MAS VAMOS AO QUE NOS INTERESSA
Há verdades que alguns preferem deixar enterradas porque doem vê-las e
lembrá-las.
São verdades que desmentem e tiram a roupa das estórias confortáveis recobertas
com poesia, promessas de eternidade e fantasias de um amor que tudo cura, mas
quando essas verdades emergem cruas, incômodas e cortantes, o mundo que
construíram para nós e nos impuseram em torno de uma ilusão começa a ruir, e
talvez seja justamente nesse colapso que a liberdade começa.
Uma dessas verdades - daquelas que os homens evitam com todas as forças
- é esta: a mulher não ama da mesma forma e modo que você (homem) ama. Na verdade, a
mulher nunca amou como um homemporque (por mais visível, óbvio, evidente e ululante que seja!) mulher
não é homem (jamais será homem!), e enquanto você continuar preso
à fantasia de que ela sente com a mesma profundidade, intensidade, entrega,
sinceridade, fidelidade, lealdade, caráter, amor, carinho respeito, dedicação,
honestidade, atenção, educação, entrega, disposição sexual e incondicionalidade
que você projetou, você continuará se arrastando em um ciclo INFINITO de dor
(mas continuará não por culpa dela), porque
você insiste em esperar que venha de fora (de uma mulher!) aquilo que deveria haver despertado dentro
de você, de um romantismo que só existe na sua mente e que
jamais habitou a realidade.
Arthur Schopenhauer foi um dos poucos que teve coragem de dizer isso em
voz alta, sem adornos, sem metáforas, sem o verniz sentimental que disfarça a
mecânica da biologia com juras poéticas. Ele escreveu com uma frieza que poucos
suportaram e chamaram-no de misógino, de amargo, de cínico, mas o que muitos não quiseram ver é que por
trás da dureza de Schopenhauer havia um chamado urgente: acorde antes que sua alma seja esmagada pela
fantasia porque o amor como nos ensinaram pode ser apenas a embalagem bonita de
um instinto antigo que pouco se importa com o que você sente.
E se você não entende isso, se não compreende
que o
amor romântico pode ser um projeto biológico, um artifício da espécie para
prender o homem à ideia de pertencimento e sacrifício, então você
está vulnerável à autodestruição, vulnerável ao vazio que vem quando tudo
aquilo em que acreditava se desfaz e o que sobra é apenas a pergunta amarga:
como eu não consegui enxergar e ver isso antes?!
Assim, desde já cumpre esclarecer que esse pequeno artigo não é um
ataque, não é manifesto de ódio nem uma catarse envenenada por frustrações. Mas
é um espelho! Um espelho limpo que não suaviza seus contornos, e se você tiver
coragem de olhar talvez veja a si mesmo ali, e, quem sabe, perceba que parte da
dor que sente hoje nasceu do que você projetou, e se isso ressoar em você, se
algo dentro de você começou a rachar, eu
te convido a continuar comigo até o fim deste texto, e, mais,deixe
nos comentárioS SUA OPINIÃO - com a honestidade que você deve a
si mesmo – sobre como você já sentiu que amava muito mais do que era amado para
compreender o que Schopenhauer viu e que a maioria escolheu ignorar.
HOMEM E MULHER - IGUALDADE
PERANTE A LEI
Nesse sentido, apenas refrescando a memória e
desmistificando ingenuidades, tem-se que homem e mulher não são iguais cientificamente
e embora constituídos, inicialmente, com os mesmos materiais é certo que
possuem órgãos diferentes.
Os principais órgãos físicos que diferenciam homens e
mulheres são os órgãos genitais (reprodutivos). Os homens possuem testículos,
pênis e escroto, enquanto as mulheres têm ovários, útero, vagina e vulva. Além
disso, as diferenças incluem altura, massa muscular, quantidade de gordura
corporal, e a voz, que tende a ser mais grave nos homens devido ao tamanho da
laringe, morfologia, voz, hormônios.
Por
outro lado, recordando a lei Constitucional, lembro do princípio da igualdade.
Ora, o princípio da igualdade perante
a lei (um dos fundamentos da Constituição Federal) estabelece que todos
são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo a igualdade de tratamento perante o judiciário e a aplicação
de normas jurídicas. Isso significa que todos os cidadãos, homens e mulheres, sejam
eles brasileiros ou estrangeiros, têm os mesmos direitos e deveres, sendo
tratados da mesma forma diante das leis e órgãos judiciais.
Art.
5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I
- homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
Aliás, a afirmação de que "todos são iguais perante a lei" é um princípio fundamental da ciência do
direito, que significa (abstratamente E APENAS FICTICIAMENTE) que
todos os indivíduos, sem distinção de qualquer natureza, devem ser tratados do
mesmo modo pela lei. Este princípio é consagrado em diversas legislações
e declarações internacionais, incluindo a Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Assim, a igualdade citada na
lei é igualdade jurídica, de tratamento igualitário, sem discriminação, sem
exceção, visando a atender princípios jurídicos da isonomia, igualdade e equidade,
pois foi necessário incluir na lei a igualdade de tratamento embora se saiba
que, na realidade, homem e mulher são
diferentes.
HOMEM E MULHER: CONSTRUÇÃO DO
PENSAMENTO E SENTIMENTO
Voltando ao assunto principal desta publicação, é preciso descer alguns
andares na estrutura do que chamamos de amor, esquecer os filmes, os livros, as
canções, músicas, filmes, pinturas, esculturas, peças de teatro; é necessário silenciar por um momento toda
essa cultura que revestiu o amor com açúcar, violinos, jantares à luz de velas,
buques de flores, presentinhos, caixas de chocolates e promessas de eternidade.
O filósofo alemão, Schopenhauer,
não falava sobre jantares à luz de velas ou almas gêmeas. Ele
foi direto ao núcleo daquilo que poucos ousaram explorar: o amor romântico.
Esse amor, em grande parte, é uma armadilha. Mas não uma armadilha
moral nem um complô consciente, mas uma estratégia biológica desenhada pela
própria natureza; um jogo cuidadosamente arquitetado pela vontade de viver; aquela
força cega e insaciável que move tudo o que existe.
O amor sob essa ótica não é uma escolha livre nem uma
manifestação sublime da alma; é um disfarce, um mecanismo sofisticado, criado
para prender o homem a um destino que não é seu: garantir, mesmo sem saber, a perpetuação da espécie, enquanto você
acredita estar amando alguém por suas qualidades, por sua beleza, por uma
afinidade quase espiritual determinada por Deus em seus escritos nas estrelas.
O que está acontecendo em um plano mais profundo e mais frio é outra
coisa: o desejo que você sente; a conexão que acredita ser única, a urgência de proteger, de estar junto,
de construir tudo isso.
Segundo Schopenhauer, apenas o modo como a natureza te mantém distraído
enquanto você entrega tempo, energia,
propósito, foco, ela assegura a continuidade da vida através de você.
Desse modo, é duro você ler estas palavras escritas! Destroça o que
aprendemos desde a infância porque fomos
condicionados a acreditar que o amor era sagrado, divino, um presente de Deus, que
a paixão (que não se confunde com o amor) era nobre, que o sacrifício por amor
era virtude. Entretanto, e se tudo isso for só apenas uma narrativa
construída para te manter domesticado?! Ou, ainda, um enredo que te afasta do
seu eixo, do seu propósito, da sua liberdade?!
Schopenhauer rompe esse véu com violência filosófica. Ele afirma que
enquanto você se derrete por ela (mulher amada), enquanto você se sente
abençoado por haver sido escolhido por aquela mulher, ela está - muitas vezes
inconscientemente – avaliando,
comparando, sopesando se vale a pena continuar o relacionamento amoroso e
sexual dela pelo aspecto financeiro, do comodismo, de quem paga os boletos, do
que é proporcionado, pelo interesse, sob diversos aspectos e ângulos, pesando o
amor dela, por mais sincero que pareça.
Ela opera em outra frequência; uma frequência onde a sobrevivência, a
segurança e conveniência fisiológica, biológica, social, racional, fria,
calculista, intelectual, têm mais peso
que conexão emocional ou transcendência espiritual, e esse é o ponto onde o
abismo se abre porque enquanto você (homem) se doa, achando que constrói algo
eterno, ela pode estar apenas cumprindo uma função passageira, uma etapa
estratégica no mapa invisível da biologia, e quando essa função se esgota,
quando o outro homem aparece, quando o instinto dela detecta um outro homem aparentemente
melhor, tudo o que você construiu com o
coração, tempo, trabalho, suor, doação, entrega, dedicação, amor sincero,
lealdade, fidelidade, pode desaparecer em silêncio, sem aviso, sem explicação,
sem volta.
Sem dúvida que desde meninos fomos ensinados a acreditar que o amor é o
destino e razão de tudo, que encontrar a mulher certa é a coroação da jornada,
que a plenitude de um homem está no seu amor por uma mulher e na sua capacidade
de proteger essa mulher, na capacidade de ceder, de lutar por alguém.
As histórias que ouvimos diziam que o amor verdadeiro exigia tudo e que
o homem digno era aquele que entregava tudo, corpo, alma, tempo, direção, e,
acima de tudo, sacrifício.
Filmes, livros, poesias, esculturas, pinturas nos mostraram heróis
dispostos a abrir mão de tudo por um beijo. Músicas envenenaram gerações com
versos que glorificam a obsessão, e cada vez que um homem acreditava mais
profundamente nesse ideal mais distante ele ficava da realidade porque ninguém nos contouque o amor que você (homem) sente pode não
ser o mesmo amor que ela (a mulher) sente por você.
O homem ama
projetando E CONSTRUINDO. Ele vê nela (mulher) a resposta para o seu vazio, o sentido para sua
existência quando ama. Ele constrói, planeja, se alinha ao futuro; ele quer
eternidade, quer transcendência, quer fusão. Mas ela, muitas vezes, não opera sob o mesmo impulso. O desejo dela
pode ser real, mas é instável,
condicionado por fatores que você não controla nem compreende.
Fatores biológicos, sociais, instintivos. Fatores que não têm
compromisso com a profundidade que você (homem) sente e aqui está o golpe mais
cruel: enquanto você a idealiza (a mulher e o relacionamento) ela avalia;
enquanto você planeja o para sempre; ela analisa o agora, a segurança, a
direção, a capacidade de prover do homem, a capacidade de proteger, representar.
Ela sente o desejo NÃO como um chamado
espiritual, MAS como um alerta silencioso, QUESTIONADOR, de que você cumpre ou
não uma funçãoe preenche ou não os
requisitos e exigências dela?!
e tudo isso
quando NÃO SURGE UM OUTRO homem QUE - aos
olhos do instinto dela – talvez parece cumprir
melhor tudo o que o então parceiro (homem) cumpria. E quando isso acontece
tudo muda! E tudo que o então parceiro acreditava estar seguro naquele laço se
vê - de repente - vazio. Ela já não sorri da mesma forma, já não responde, com
a mesma intensidade; o brilho nos olhos dela se apaga e você não entende o porquê
- dentro de você - o sentimento só crescia, mas para ela o ciclo está se encerrado,
a função se esgotou, e, infelizmente, não há mais motivo que justifique a
continuidade da existência da relação, embora não houve traição consciente, mas
aconteceu uma injusta transição funcional, e isso destrói homens que amaram com
toda pureza e força de seus corpos ealmas, que se entregaram - sem reservas -, que acreditaram com o coração
inteiro; homens que ao serem deixados não perdem apenas a mulher, mas,
desgraçadamente, perdem a si mesmos porque haviam depositado nela (mulher) tudo
aquilo que lhes dava sentido, e Schopenhauer cruel e lúcido nos diz: o erro não está nela,está
em você (homem), em haver entregue sua essência a um ideal que nunca foi
correspondido na mesma frequência; o erro está em você haver vivido na
esperança de que o amor que você sentia por ela fosse simétrico; o erro está em
você haver confundido um instinto e sentimento puro e verdadeiro com um destino,
um impulso biológico/fisiológico com uma promessa de eternidade, mesmo
que essa promessa haja sido velada, não haja sido verbalizada, mas certamente
foi dolosamente, premeditadamente, criminosamente aceita de bom grado,
consentida, admitida, e beneficiou covardemente a mulher durante muito tempo e
enquanto ela quis e bem entendeu manter convenientemente.
Afinal, o momento mais devastador para o homem não é o momento do
rompimento do relacionamento em si, porém o momento mais doloroso é o instante
anterior em que o homem sente – sem palavras - que algo se perdeu, que o calor
virou distância, que o riso virou indiferença, que a mulher que antes parecia
pulsar com ele agora o olha com olhos de pedra. É nesse instante que o homem entende
- mesmo sem saber explicar - que ela já foi embora por dentro, e que ele não
está preparado, porque tudo o que ele construiu estava alicerçado na ideia da
permanência dela no relacionamento. Ele acreditava que se ele fosse leal, fiel,
sincero, bom caráter, amoroso, carinhoso, respeitoso, honesto, dedicado,
atencioso, trabalhador, provedor, dedicado, bom de cama e tudo o mais, se
amasse com intensidade, se se entregasse por amor, por completo de corpo e
alma, ela ficaria com ele, que a profundidade da sua entrega garantiria o
vínculo amoroso eternamente.
Mas, o que Schopenhauer mostra com brutalidade é que a
lógica da natureza FEMININA não honra a profundidade DO SENTIMENTO MASCULINO,
mas a lógica da natureza feminina está na utilidade do homem, embora a mulher
não seja fria porque quer, mas apenas porque a mulher se desconecta quando o seu
instinto já não enxerga a utilidade emocional, biológica ou funcional naquele
vínculo, quando algo em você - mesmo que minimamente - já não representa a
melhor opção, e, nesse instante, o desejo
dela(DE TODOS OS MODOS, SENTIDOS E
FORMAS, INCLUSIVE SEXUAL) começa a
silenciar/declinar e o homem sente - primeiro como dúvida, depois como dor e,
por fim, como humilhação – e, na maioria das vezes, reage (como foi-lhe
ensinado) tentando reconquistar a mulher através da multiplicação de mensagens
e gestos românticos/atenciosos inutilmente, pois quanto mais o homem se esforça
e multiplica seus esforços e gestos, mais ela se desvia e foge da tentativa de
reviver algo que do lado dela (mulher) já morreu, e quanto mais o homem tenta reacender
mais ela se afasta porque agora aquilo que antes parecia força começa a parecer
fraqueza, dependência, e a isso tudo a mulher responde com desprezo silencioso
e é exatamente nesse ponto que muitos homens se perdem de vez, porque o que
está sendo rejeitado não éapenaso gesto, mas o que está sendo rejeitado é o
homem por inteiro e tudo aquilo que esse homem oferecia e que era cobiçado pela
mulher anteriormente.
Então, nesse instante, o homem sente o colapso ao se entender inútil,
sem valor, e que tudo que ele era e representava se torna irrelevante, um zero
à esquerda, e, associado a essa percepção, nasce o desespero; um desespero que
grita sem resposta: por quê?! Como ela
pode trocar tudo o que vivemos? Como é possível substituir tanto em tão pouco
tempo?
Todavia, essas perguntas – em si - já carregam seus próprios erros e
contradições porque aquilo que - para o homem - era uma concepção teleológica sagrada,
para a mulher pode ter sido apenas uma etapa, um ciclo funcional, e quando esse
ciclo acaba (por qualquer motivo, inclusive traição, tédio, comodismo,
insegurança pelo surgimento de um novo homem candidato) a substituição acontece
para a mulher com alguma naturalidade, ao passo que para o homem - que viveu na
concepção ideal - o fato de não haver sido educado nos termos da realidade do
que comumente acontece e, por consequência, a circunstância de não saber lidar
com essa suposta realidade da mulher - Schopenhauer dizia que a fidelidade
feminina é uma ficção poética que tem pouca durabilidade, mas que, talvez, porque em boa parte das
situações não se trata de maldade, porém se trata de seleção: um processo aparentemente
impessoal e silencioso, mas devastador
para o homem que ama com os olhos fechados, cegamente.
Contudo, para o homem que ama, que cultiva o amor e acredita na
eternidade do amor para além da vida, sem jamais imaginar o término da relação,
o maior trauma, geralmente, não acontece quando a mulher decide ir embora, mas
acontece quando o homem deixa de saber quem ele é na vida, pois o homem perde o
sentido de sua existência e centro de sua gravidade, porque para ele a mulher
era tudo, e por esse tudo ele se esforçou, trabalhou, lutou, fez de um tudo,
das tripas coração.
Ora, a mulher era quem fazia sentido nas metas, nos focos, na força e
objetivos do homem, e sem a mulher tudo aquilo que fazia sentido começa a
desmoronar junto com a imagem da própria mulher, indo embora com a mulher, e o
homem não pode chorar até porque ouviu a vida inteira que homem não chora, que
choro é sinal de fraqueza masculina.
Assim, por amor e nem que fosse solitariamente por dentro, o homem
chora copiosamente porque perdeu o centro de gravidade e razão de sua própria
existência, cultuada durante meses e, talvez, anos, eis que viveu projetando na
mulher todas as suas esperanças e fez da mulher o norte da sua bússola de vida,
desde quando começou a namorá-la e passou a encarar o relacionamento com ela à
sério, desde quando estava com ela e começou a sonhar em constituir uma
família, gerar filhos, ter uma vida longa e feliz, pois sentia-se completo
quando ela sorria e, ao mesmo tempo, o homem alimentava sua crença quando ela
(mulher) retribuía o sentimento do homem dizendo “EU TE AMO”.
Assim, nesse ciclo de relacionamento mutual e paradisíaco em que as
partes (homem e mulher) se nutriam, se completavam, e tudo fazia sentido, as pessoas não imaginam e não se lembram de
que tudo pode acontecer e mudar na vida de hora para outra, que a vida é
imprevisível por mais que não se queira, e que se tente ser previdente.
Seja como for, agora, a mulher estava indo embora e levando com ela
tudo que o homem acreditava ser e existir de conexão entre ambos. E agora?! O
que será da existência do homem que idealizou ter o poder de entregar mais do
que afeto, e esse poder de entrega de afeto agora é negado, e o homem sente que
perdeu o mundo, mas não perdeu por culpa da mulher, mas perdeu porque ele mesmo
(homem) construiu esse mundo em torno da mulher que nunca teve a obrigação de manter
esse sonho de mundo, muito embora a mulher alimentou, acalentou, ajudou a
construir e demonstrou a vida inteira que aceitava sorridentemente esse projeto
de vida e, inclusive, assumia o múnus de ajudar na construção, e, além do mais,
retribuía afirmativamente/positivamente, de todas as maneiras, as ações
cotidianas do homem de construção desse projeto de vida a dois.
Então, é nesse abismo que nasce o homem quebrado. Ele começa a duvidar
de tudo, de seu próprio valor, da sua própria virilidade, da própria capacidade
de ser amado e não consegue sequer comer/alimentar-se direito, não dorme não se
reconhece no espelho. Tudo que era antes, autoconfiança, senso de direção,
dignidade, etecétera, agora parece uma memória distante, vazia, porque o homem
- ao assumir um compromisso sério com a mulher (de construir um futuro juntos)
- permitiu que sua identidade fosse dissolvida e resumida em um sonho, um sonho
que não era compartilhado e igualmente assumido do mesmo modo pela mulher, com
a mesma intensidade, decisão, firmeza, voracidade, verdade, certeza, liquidez,
essência e durabilidade.
Nesse contexto, Schopenhauer alertou que o homem que endeusa uma mulher, que a adora, que a coloca num pedestal,
que a venera e a coloca como centro e razão de sua vida, que a coloca como eixo,
sentido e salvação de sua vida, não está amando,mas está se tornando escravo
da própria ilusão, e toda a escravidão cobra um preço, um preço silencioso,
mais fatal que a morte da sua essência.
Afinal, você que está lendo até poderia pensar que a dor que o homem
mais sente, nesse momento, seria decorrente do fato da mulher estar indo embora.
Mas, não! A dor do homem que não deseja
a separação/divórcio, mas que a mulher resolve partir, em verdade, É A DOR DO HOMEM HAVER ABANDONADO A SI
MESMO, HAVER NEGLIGENCIADO A SI MESMO, SUA MISSÃO PESSOAL, SUA INDIVIDUALIDADE,
SUA INTEGRIDADE EM BENEFÍCIO MAIOR DA MULHER, EM TROCA DE UMA PROMESSA QUE
JAMAIS FOI FEITA (DE QUE O HOMEM ABRISSE MÃO DE SEU TEMPO DE VIDA E OBJETIVOS),
E QUANDO A MULHER VAI EMBORA O HOMEM NÃO ESTÁ APENAS SOZINHO, MAS ESTÁ VAZIO E
AQUI, NESSE PONTO EXATO, COMEÇA UMA ARMADILHA CRUEL: A ARAPUCA DA REPETIÇÃO DA
MESMA CONDUTA NOS PRÓXIMOS RELACIONAMENTOS, porque muitos homens - sem
haverem aprendido a lição que acabaram de vivenciar - buscam novamente o mesmo
padrão de relacionamento, buscam o mesmo tipo de mulher com outro nome, e,
fatalmente, irão vivenciar o mesmo drama com outro rosto na vá esperança de
que, desta vez, será diferente (considerando que a repetição de conduta irá
gerar os mesmos resultados), porque o erro não está na mulher, mas O ERRO ESTÁ NA ILUSÃO DE QUE A PESSOA
INSISTE EM RECONSTRUIR A VIDA, CADA VEZ COM MAIS URGÊNCIA, COM MENOS
CONSCIÊNCIA, SEM CONSIDERAR QUE A FERIDA ESTÁ ABERTA E AINDA PULSA A AUSÊNCIA
DA MULHER QUE PARTIU, GRITAM NA MENTE AS LEMBRANÇAS DAS CENAS QUE PROCURAM
EXPLICAÇÕES, cria cenários onde tudo poderia ter sido diferente, mas no
fundo o homem sabe que não havia nada a salvar porque não se salva o que foi
construído sobre uma ilusão, e, por mais que doa essa, é a chave: a dor é
inevitável, mas o prolongamento é opcional, uma escolha, e é aqui que começa
algo novo, um novo tipo de dor, todavia, não é mais a dor da perda, mas é a dor
do despertar porque agora, pela primeira vez, o homem começa a enxergar que que
não foi apenas a mulher que o deixou, mas foi o homem que se abandonou PRIMEIRO, que largou a si mesmo e seu
mundo, e saiu de si para tentar habitar o mundo da mulher.
Assim, quando o homem abandonou seu mundo e passou a tentar viver no
universo da mulher ele perdeu os alicerces e fundações do seu próprio edifício
interior. Desse modo, quando a mulher resolveu ir embora foi devastadora a
sensação de deserto interior experimentada pelo homem, porque foi o próprio
homem quem se traiu, e somente o homem pode se reconquistar, e esse é o ponto
em que o homem deixa de ser uma vítima e começa a se tornar autor da própria
narrativa. Mas não aquela narrativa moldada pelas comédias românticas, pelas
promessas de felizes para sempre. Mas uma narrativa honesta, direta, franca,
sincera, sem rodeios, sem subterfúgios. Uma estória na qual ninguém vai salvar
o homem a não ser ele mesmo, autor responsável por si mesmo.
Por sua vez, Schopenhauer não escreveu para consolar. Mas escreveu para
sacudir, para rasgar os véus por mais belos que fossem. Ele sabia que o
romantismo idealizado é uma prisão dourada onde o homem se ajoelha sorrindo,
até perceber que as grades sempre estiveram ali, e só quem tem a coragem de ver
essa prisão por dentro é capaz de escapar.
O homem não precisa se tornar frio nem misógino nem cínico. Não é esse
o caminho; o caminho não é odiar o que te feriu; o caminho é entender, é
aceitar que a lógica do amor dela (da mulher) não é igual à sua (do homem) e que
o erro não foi ela sentir diferente, mas o erro foi o ser homem (masculino) esperar
que a mulher sentisse igual a ele sendo que a mulher é diferente do homem. O erro
foi querer a eternidade de um impulso, momentâneo - sem querer trabalhar para
que a eternidade fosse construída todos os dias. O erro foi o homem acreditar
que simplesmente estar ao lado da mulher já seria bastante para que a
eternidade do relacionamento fosse alcançada facilmente.
E é aqui que se abre uma nova porta, quando o homem deixa de pedir
promessas, deixa de exigir apenas
fidelidade emocional absoluta e incondicional, deixa de buscar no outro a
estabilidade que deveria ter nascido (antes de mais nada) dentro dele mesmo; é
quando a pessoa para de lutar contra o que é e começa a construir o que pode
ser, mas, não mais guiado pela carência e necessidade de ser amado.
Entretanto, conduzido pelo compromisso de se respeitar, é aqui que
muitos homens se perdem, pois acham que despertar é apenas cortar laços,
excluir e bloquear contatos, endurecer, virar pedra, mas isso não é liberdade;
isso é apenas outra prisão. A verdadeira reconstrução não está em odiar o que
te feriu, nem em fingir que não doeu. Está em entender porque doeu tanto e,
acima de tudo, em aceitar que a sua dor tem uma raiz e você entregou seus valores
nas mãos de quem não tinha a obrigação de protegê-lo. Então como sair disso? Como
reconstruir sem os mesmos erros e mecanismos do homem iludido de antes, mas
reconstruir como alguém desperto, lúcido, inteiro?!
Sem dúvida, o primeiro passo é parar de buscar lá fora, parar de
acreditar que uma nova mulher, uma nova relação, um novo amor verdadeiro vão
curar os estragos deixados pelo amor da mulher anterior. Esse é o erro fatal: repetir o ciclo com outro rosto. A cura começa
quando você transforma a pergunta: como posso reconquistá-la em como posso me
reconquistar. A pessoa precisa voltar ao centro de si mesma, rever onde se
perdeu, olhar para as áreas de sua vida que abandonou enquanto vivia orbitando
em torno do desejo da mulher amada. Quais projetos a pessoa deixou de lado? Quais
amizades se apagaram? Que propósitos a pessoa sacrificou? Que homem a pessoa deixou
de ser?!
Reconstruir é
reatar com sua direção, com seu silêncio, com sua força bruta (não a força que
grita!), mas a força que permanece; é voltar a olhar para o espelho e ver um
homem que não implora, que não se arrasta, que não busca salvação em olhos
alheios. Um homem que carrega seu próprio eixo e quando esse eixo se firma,
quando você volta a andar por si mesmo, sem precisar ser amado para provar alguma
coisa para alguém algo acontece; um tipo de magnetismo silencioso emerge porque
o homem que não precisa ser escolhido é
o único, verdadeiramente, livree a liberdade é irresistível.
Por certo, a maioria dos homens nunca reflete e não chega até aqui. Eles
param no ressentimento, no sarcasmo, na frieza, na ironia, indiretas, mas você
(homem que está lendo esse resumo de artigo) pode ser diferente. Você pode usar
essa dor como matéria prima, mas não usar esse conhecimento para levantar muros,
mas para levantar pilares; não para se defender do amor, mas para não mais se
curvar diante dele (amor!).
Afinal, como diziam os antigos estoicos, não é o que te acontece que te
define, mas é o que você faz com isso (com o que te acontece), e se você chegou
até aqui lendo essas palavras com o coração aberto, talvez já tenha começado a
dar o passo mais importante: o de voltar a caminhar em direção a si mesmo,
porquanto existe uma diferença brutal entre o homem que espera ser amado e o
homem que aprendeu a se amar: um vive em função da aprovação, do desejo alheio,
do olhar de fora, ao passo que o outro, em silêncio, caminha com o coração
blindado pela lucidez. Ele não é indiferente; não é frio, mas já não mendiga
amor porque entendeu algo que muda tudo: quem mendiga já perdeu antes mesmo de
começar.
O verdadeiro ponto de virada não é quando ela (mulher) volta ou quando
outra (mulher) aparece; é quando você (homem valoroso) percebe que não precisa
mais que ela volte; quando você entende que o valor que você buscava nos olhos
dela já está inteiro nos seus próprios passos; quando a sua presença e solitude
se bastam; quando sua voz interna finalmente supera o barulho da ausência.
Schopenhauer sabia que isso era raro. Sabia que a maioria dos homens
jamais ousaria se libertar do mito do amor como salvação, mas ele escreveu para
os poucos que estivessem prontos para ver que a mulher não é a resposta que o
amor romântico - da forma como fomos ensinados - é um ideal que só machuca
porque exige que o outro te complete, e ninguém foi feito para te completar,
pois essa tarefa é sua, e é aí que você para de ser o homem que se ajoelha e se
torna o homem que decide; se torna o homem que observa antes de se entregar,
que avalia antes de idealizar, que reconhece a beleza de uma mulher (sim!), mas
que não entrega o próprio trono por ela; que se ama e sabe exatamente o que não
aceitará mais. Esse homem - quando ama - ama com os dois pés no chão, não se ilude
com promessas, não se desespera com distâncias; ele não se fecha para o amor, mas
também não se desintegra diante da ausência do amor; ele sabe que o amor - se
vier - deve ser escolha, sacrifício e prazer mútuos, entre dois (2) inteiros e nunca
resultado da soma de duas metades de uma laranja ou uma muleta usada como
apoio, nem boia ou tábua de salvação para quem está se afogando na própria
carência, e por isso ele passa a escolher com clareza, com serenidade, com
critério; ele não pergunta mais se ela vai gostar dele, mas ele pergunta:
"Ela merece o que tenho a oferecer?" Mas não se pergunta com arrogância,
porém se questiona com consciência, porque agora, finalmente, ele sabe o que
vale, e só quem sabe o que vale pode amar sem se perder.
Você, prezada amiga ou amigo, certamente você passou a vida acreditando
que ela (mulher) era o centro de tudo (o ser mais importante do universo,
inclusive do seu universo!), que encontrar a mulher e companheira certa seria encontrar
o tesouro do seu destino e a razão de sua existência; que o encontro com seu amor
verdadeiro te transformaria em quem você deveria ser, mas a verdade crua e
irrefutável é que ninguém vai te dar o que você não teve coragem de construir,
conquistar, por si mesmo.
Todavia, cumpre ressaltar que Schopenhauer não escreveu na intenção de destruir
o amor, mas escreveu na pretensão de desmascarar fantasias e mostrar que aquilo
que nos foi ensinado e que chamamos de amor eterno, TALVEZ, pode ser apenas uma embalagem bonita de uma necessidade
biológica que a mulher - mesmo amando - pode amar de um jeito diferente, de um
jeito que muda, que escolhe, que calcula, que se ajusta, que premedita, que age
dolosamente, e se você (homem) não entende isso continuará tentando ser amado
como se fosse um direito seu, quando - na verdade – amar é uma possibilidade
frágil e instintiva.
Mas agora você sabe disso e já não há caminho de volta, você não pode
voltar porque já viu demais, já sentiu na pele o frio da substituição, o gosto
amargo da rejeição sem explicação, e (não!) isso não vai te endurecer, mas vai
te lapidar, vai te transformar em algo mais raro: um homem que aprendeu a amar
sem perder a si mesmo porque agora o amor não é mais um altar onde você se
sacrifica, porém é um caminho que você trilha ao lado de alguém, se for digno,
se houver reciprocidade, se ela (mulher) não tentar te moldar em algo que não é
você, se ela respeitar sua missão, seu silêncio, sua direção, pois, caso
contrário, você segue sós sem desesperos sem revolta sem necessidade.
Esse é o verdadeiro poder: estar só na solitude e não estar perdido; dormir
em paz com sua própria presença; olhar para o espelho e ver um homem inteiro,
mas não porque alguém o ama, mas porque esse homem se reconstruiu depois de ter
sido destruído por sua própria idealização. Um homem que caiu, mas escolheu
levantar com mais lucidez do que antes.
E o mundo percebe, a mulher percebe, a vida responde de forma diferente
porque agora você (homem) emana algo que poucos carregam: uma serenidade que não
precisa provar nada; um magnetismo que vem da ausência de desespero; uma
elegância silenciosa que diz: "não estou à venda; não sou extensão de
ninguém; sou meu próprio caminho".
Esse é o verdadeiro renascimento! Não o renascimento que vem do perdão
da mulher que resolveu ir embora, nem renascimento da chegada de uma nova
mulher, mas aquele renascimento que nasce no instante exato em que você para de
fugir da dor e começa a olhar para dentro de si mesmo com respeito.
EM
RESUMO: esta é minha opinião
Sim!
Posso não concordar com o que você pensa e diz, mas defenderei até a morte o
seu direito de pensar, manifestar e dizer o que bem entende.
Assim,
acreditando que você se identificou com este texto, peço encarecidamente que
você deixe nos comentárioS SUA OPINIÃO - sobre
como você se sentiu quando percebeu que amava muito mais do que era amado. Além
disso, imaginando que outras pessoas estejam em momento delicado e que a
leitura deste conteúdo poderia ajuda-las, peço que você CURTA e COMPARTILHE
este texto reflexivo para que possamos ajudar melhor as pessoas a conhecerem
melhor seus problemas e resolvê-los do modo menos traumático possível.
CRÍTICAS AO PENSAMENTO DE Schopenhauer
A finalidade da
vida seria o acasalamento.
Sabe-se que duas forças básicas atuam: a fome-comida e o sexo, comida também.
Pelo alimento, garante-se a sobrevivência do indivíduo, pelo sexo, a da
espécie. Ou seja, EM RESUMO: comendo
feijão e mulher poderia ser a conclusão risonha e humorada a respeito do
pensamento principal desse filósofo.
O raciocínio de
Schopenhauer é que O SER HUMANO DEMONSTRA inferioridade quando SE sacrificamos
pela espécie. E a isso
somos levados pela vontade sexual. Que é contrária ao indivíduo. Que só
favorece a espécie. A força, a incontinência que levam o macho à fêmea,
ultrapassando normas éticas e jurídicas, algo movido puramente pelo instinto,
quase animalescamente, contrariam a condição verdadeiramente humana, qualidade
inerente ao individuo, que, como tal, reage ao ímpeto sexual cego.
O casamento por
amor é ilusão. Casa-se por
conforto, comodidade, desespero, dinheiro ou movido pela vontade sexual, que é
instigada pelo instinto primário, básico, vital de preservar a espécie, acima
de tudo. O tal do gozo é bônus.
Por que Deus
foi tão espetaculoso, extravagante, exorbitou, se excedeu, ao imaginar e criar
o coito, algo tão selvagem, um ser entrando no outro, penetração rodeada de
gritos, ais, gemidos, pinotes e piruetas, capaz de quebrar camas, etc? (Ele tinha
Suas razões). Para que o indivíduo fosse
atraído para longe de si e perto da espécie. Por que nos sacrificamos na vida
pelos filhos? Porque
eles são o objeto de preservação da espécie. Só. E mais nada. Resulta em
esgotamento financeiro e cansaço físico, para o pai. Todo indivíduo perde a
atração pelo sexo oposto quando diminui a possibilidade de concepção, quando o
ciclo menstrual cessa.
A mulher vive
só no presente, porque no futuro (logo) será velha. A partir daí, Schopenhauer dispara:
“Essa veneração das mulheres é um produto do cristianismo e do sentimentalismo
alemão; e é, por sua vez, uma das causas do movimento romântico que exalta o
sentimento, o instinto e a vontade acima do intelecto.
QUEM FOI ARTHUR SCHOPENHAUER?
O polonês Arthur Schopenhauernasceu em 1788 e faleceu na Alemanha em 1860. Foi um dos pensadores influentes
do século XIX. No texto acima explorou-se seu famoso ensaio “Sobre as Mulheres”
(Über die Weiber) onde ele expressa ideias, algumas vezes consideradas
misóginas, mas que revelam muito sobre a sociedade patriarcal de sua época e a
psicologia masculina daqueles tempos. Com uma análise crítica e embasada, mostrou-se
como essas ideias influenciaram o pensamento moderno e o debate sobre gênero,
relações de poder e identidade feminina. Os leitores poderão entender porque
tantos homens hoje em dia ainda se sentem afetados por essas visões, muitas
vezes sem saber a origem filosófica. Assim, se você que está lendo este
textículo gostou, pedimos que DEIXE SEU
COMENTÁRIO, INSCREVA-SE NO CANAL e COMPARTILHE, pois outras pessoas podem
estar precisando enxergar além da superfície alguns problemas sociais
vivenciados hoje em dia.